Cartas de Amor
Letra
Como jurei,
Com verdade o amor que senti
Quantas noites em claro passei
A escrever para ti
Cartas banais
Que eram toda a razão do meu ser
Cartas grandes, extensas, iguais
Ao meu grande sofrer
Cartas de amor
Quem as não tem
Cartas de amor
Pedaços de dor
Sentidas de alguém
Cartas de amor, andorinhas
Que num vai e vem, levam bem
Saudades minhas
Cartas de amor, quem as não tem
Porém de ti
Nem sequer uma carta de amor
Uma carta vulgar recebi
Pra acalmar minha dor
Mas mesmo assim
Eu para ti não deixei de escrever
Pois bem sabes que tu para mim
És todo o meu viver
Cartas de amor
Quem as não tem
Cartas de amor
Pedaços de dor
Sentidas de alguém
Cartas de amor, andorinhas
Que num vai e vem, levam bem
Saudades minhas
Cartas de amor, quem as não tem
Lágrima – Fado – Amália Rodrigues – Letra
Cheia de penas, cheia de penas me deito
E com mais penas, com mais penas me levanto
No meu peito, já me ficou no meu peito
Este jeito, o jeito de te querer tanto
Desespero, tenho por meu desespero
Dentro de mim, dentro de mim o castigo
Não te quero, eu digo que não te quero
E de noite, de noite sonho contigo
Se considero que um dia hei-de morrer
No desespero que tenho de te não ver
Estendo o meu xaile, estendo o meu xaile no chão
Estendo o meu xaile e deixo-me adormecer
Se eu soubesse, se eu soubesse que morrendo
Tu me havias, tu me havias de chorar
Por uma lágrima, por uma lágrima tua
Que alegria me deixaria matar
Uma lágrima, por uma lágrima tua
Que alegria me deixaria matar
…
Letra: Amália Rodrigues
Letra
Buba Espinho – Quem Sabe um Dia
Minha saudade deita-se tarde, Se tu não vens
E acorda cedo, com esse medo de não voltares
contigo assim, contigo assim,
perto de mim o mundo existe
mas se não vens, mas se não vens
eu vou ao fundo e fico triste
O tempo tarda e tudo é nada longe de ti
e ao ver-te o beijo morde o desejo de estares aqui
Quem sabe um dia a fantasia da minha dor
seja a alegria da eterna noite e muito amor
A lua sempre foi um sol de encanto
que aquece as madrugadas do meu pranto
e faz da luz o dia com que canto
as mágoas com que caio e me levanto
O tempo tarda e tudo é nada longe de ti
e ao ver-te o beijo morde o desejo de estares aqui
Quem sabe um dia a fantasia da minha dor
seja a alegria da eterna noite e muito amor
A lua sempre foi um sol de encanto
que aquece as madrugadas do meu pranto
e faz da luz o dia com que canto
as mágoas com que caio e me levanto
(instrumental)
A lua sempre foi um sol de encanto
que aquece as madrugadas do meu pranto
e faz da luz o dia com que canto
as mágoas com que caio e me levanto
as mágoas com que caio e me levanto
as mágoas com que caio e me levanto
as mágoas com que caio… e me levanto
Letra: Paulo Abreu de Lima
Rui Veloso
Letra
Naquele trilho secreto
Com palavras santo e senha
Eu fui língua e tu dialecto
Eu fui lume e tu foste lenha
Fomos guerras e alianças
Tratados de paz e péssangas
Fomos sardas pele e tranças
Popeline seda e ganga
Recordo aquele acordo
Bem claro e assumido
Eu trepava um eucalipto
E tu tiravas o vestido
Dessa vez tu não cumpriste
E faltaste ao prometido
Eu fiquei sentido e triste
Olha que isso não se faz
Disseste que se eu fosse audaz
Tu tiravas o vestido
O prometido é devido
Rompi eu as minhas calças
Esfolei mãos e joelhos
E tu reduziste o acordo
A um montão de cacos velhos
Eu que vinha de tão longe
Do outro lado da rua
Fazia o que tu quisesses
Só para te poder ver nua
Quero já os almanaques
Do fantasma e do patinhas
Os falcões e os mandrakes
Tão cedo não terás novas minhas
Disseste que se eu fosse audaz
Tu tiravas o vestido
O prometido é devido
(Rui Veloso/Carlos Tê)
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