Brian Eno |
Brian Peter George St. Jean le Baptiste de la Salle Eno (Woodbridge, Inglaterra, 15 de maio de 1948) é um músico, compositor produtor musical, artista visual e teórico britânico, um dos maiores responsáveis pelo desenvolvimento da música ambiente. Autodenominado “não-músico”, Eno ajudou a introduzir abordagens conceituais e técnicas de gravação singulares na música contemporânea.[1][2] Já foi descrito como uma das figuras mais influentes e inovadoras da música popular.[1][3]
Nascido em Suffolk, Eno estudou pintura e música experimental na escola de arte da faculdade cívica de Ipswich em meados dos anos 1960, e então na escola de arte de Winchester. Ele se juntou ao grupo de glam rock Roxy Music como sintesista em 1971, gravando dois álbums com a banda mas saindo em 1973 em meio a tensões com o líder dos Roxy Bryan Ferry. Eno depois gravou diversos álbuns solo, começando com Here Come the Warm Jets (1974). Em meados dos anos 1970, ele começou a explorar uma direção minimalista em lançamentos como Discreet Music (1975) e Ambient 1: Music for Airports (1978), cunhando o termo “música ambiente” com este último.
Junto a seu trabalho solo, Eno colaborou frequentemente com outros músicos nos anos 1970, incluindo Robert Fripp, Harmonia, Cluster, Harold Budd, David Bowie e David Byrne. Ele também se estabeleceu como um produtor requisitado, trabalhando em álbuns de John Cale, Jon Hassell, Laraaji, Talking Heads, Ultravox e Devo, bem como na coletânea de no wave No New York (1978). Nas décadas seguintes, Eno continuou a gravar álbuns solo e produzir para outros artistas, mais notoriamente U2 e Coldplay, além de trabalhos com artistas como Daniel Lanois, Laurie Anderson, Grace Jones, Slowdive, Karl Hyde, James, Kevin Shields e Damon Albarn.
Desde sua época de estudante, Eno trabalhou com outros media, incluindo instalações sonoras, cinema e escrita. Em meados dos anos 1970, ele co-desenvolveu as Estratégias Oblíquas, um conjunto de cartas com aforismos destinados a estimular o pensamento criativo. Da década de 1970 em diante, entre os locais que receberam instalações de Eno incluem-se as velas da Ópera de Sydney em 2009[4] e o telescópio Lovell no Observatório Jodrell Bank em 2016. Defensor de uma série de causas humanitárias, Eno escreve sobre uma variedade de assuntos e é membro fundador da Long Now Foundation.[5] Em 2019, Eno foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame como membro do Roxy Music.[6]
Carreira
Produção musical e composição
Eno é famoso pelo uso de sintetizadores, utilizados em seus diversos trabalhos, como nos dois primeiros álbuns do grupo Roxy Music: Roxy Music (1972) e For Your Pleasure (1973). E, em a sua parceria com o guitarrista Robert Fripp, com quem produziu os álbuns: "(No Pussyfooting)" (1973), "Evening Star" (1975), "The Equatorial Stars" (2004) e "Beyond Even (1992–2006)" (2007).[7]
Em 1977 e 1978, produziu dois álbuns com a dupla alemã de krautrock Kluster, "Cluster & Eno" e "After the Heat".[7]
Também em 1978 produziu o álbum Q: Are We Not Men? A: We Are Devo!, primeiro da banda DEVO, que misturava acordes punk com sintetizadores por sugestão de Eno.[8]
No final dos anos 1970, Eno produziu os três álbuns da chamada "Trilogia de Berlim" (ou "Trilogia eletrônica") de David Bowie: Low, Heroes e Lodger.[7]
Em 1978, foi o curador da coletânea No New York,[9] uma compilação com vários artistas da cena underground de NY da época, considerada por muitos o registro definitivo do movimento No Wave.
Eno também foi produtor de diversos álbuns do U2, seu primeiro trabalho com o grupo foi The Unforgettable Fire de 1984, em seguida participou da produção dos álbuns: The Joshua Tree (1987), Achtung Baby (1991), Zooropa (1993), All That You Can't Leave Behind (2000), e No Line on the Horizon (2009).
Em 1981, produziu, com David Byrne (ex-Talking Heads) um álbum experimental de art rock chamado My Life in the Bush of Ghosts.[7]
Também trabalhou como produtor musical com Laurie Anderson, Coldplay, Paul Simon, Grace Jones, Talking Heads, Slowdive, The GIft entre outros.[7]
Brian Eno também é o criador das chamadas estratégias oblíquas, um conjunto de cartas que guiam o criador em momentos de impasse ou bloqueio criativo.[10]
Trilhas sonoras
Brian Eno participou como compositor ou produtor da trilha sonora dos filmes: Dune, Shutter Island, Brothers, Control, Moulin Rouge!, Traffic, The Million Dollar Hotel, The Beach, Velvet Goldmine, Godzilla, Basquiat, Trainspotting da série de TV Miami Vice entre outros.[11] Ele também foi compositor da trilha sonora do jogo Spore da E. A. Games.
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