António Garcez |
Nascido em Matosinhos em (…), António Garcez começou cedo a gostar de música. E, sim, Amália, Fernando Farinha, Nat King Cole e Frank Sinatra surgiam destacadíssimos no seu Top pessoal. Mas não foi no fado nem na escola dos grandes crooners norte-americanos que a sua arte (& ofício) viriam a crescer, a amadurecer e a dar nas vistas.
Muitas vezes considerado o melhor cantor rock nacional por várias revistas e programas de rádio, António Garcez começou cedo a dar-se conta dessa arma rara que escondia: uma voz, a sua própria voz, com um grão, um timbre (ou uma imensidão de variedades tímbricas) e uma extensão que tanto o poderiam aproximar-se de um Elvis Presley como, anos depois, de uma Cher, um Robert Plant, um Freddie Mercury, um Bon Scott, um Lemmy Kilmister, um Roger Waters… Isto é, uma versatilidade que o seu aparelho fonador o fazia – e faz! – diferente de todos os outros.
Ainda na adolescência, a sua primeira banda de liceu (Escola Industrial Infante Dom Henrique; Porto) dava pelo nome de Os Corvos. Seguir-se-iam Os Abutres, Os Duques, Os Boinas Verdes (estes criados já na tropa, no curso de paraquedistas) e os Módulos Um, que tocavam no Casino da Póvoa de Varzim. E só depois viria a glória absoluta, em grupos míticos do rock feito em Portugal como os Pentágono, Psico, Arte & Ofício, Roxigénio, Stick ou o fugaz projecto Garcez, Mendes (Filipe Mendes/Phil Mendrix) & Transatlântico – todos eles com discos gravados e protagonistas de centenas de concertos históricos (incluindo nos festivais de Vilar de Mouros de 1971 com os Pentágono ou de 1982 com os Roxigénio). E a lenda António Garcez foi crescendo.
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