domingo, 31 de julho de 2022

tiago arrais transforma dor da perda em seu primeiro disco solo, “a trilha de volta”;

 

tiago arrais
Foto por Valles Caldeira

tiago arrais passou por uma situação pessoal que não apenas mexeu bastante com a sua vida como acabou se transformando em canção.

Na verdade, a morte do seu avô acabou inspirando uma série de composições que se tornaram o primeiro disco solo do artista, a trilha de volta, lançado hoje (29) pela Sony Music Brasil.

Gravado em Nashville e Santa Fe, nos Estados Unidos, o disco foi produzido por BÆRD e traz uma sonoridade bastante particular, viajando por estilos que vão do Folk ao Pop passando pelo Indie, e também uma enorme dose de sentimentos próximos ao autor.

Em um papo exclusivo com o TMDQA!, ele explicou:

Nesse disco, ´A Trilha de Volta´, eu falo sobre a minha família. É um disco que eu escrevi pra minha família, no momento de vida que estou vivendo agora, pensando nas memórias do passado, lidando com o esquecimento, com os medos sobre o futuro. Principalmente dentro do contexto de pandemia, que a gente vive ainda, o cenário político, social.

E, nesse disco, eu tentei trazer um pouquinho de luz, um pouquinho de paz. Tentei lembrar a mim mesmo, e a todo mundo que vai ouvir, o que, de fato, importa nessa vida, que é a família, são as pessoas. Então, basicamente, o disco é sobre isso, sobre memória, sobre esquecimento e o quão breve é essa nossa vida no planeta.

As inspirações vieram desse contexto de família, mesmo. Claro, escuto muita música, sou impactado por diversos artistas nacionais, do 5 a Seco, Tim Bernardes, até artistas internacionais, como Damien Rice, Bon Iver e tanta gente boa. Não tentei buscar referências pra sonoridade do disco  em si, mas gosto muito do trabalho desses artistas.

 Novo Disco de tiago arrais


Já disponível em todas as plataformas de streaming, o novo disco de tiago arrais é “terapêutico”, como o mesmo explica:

Espero que vocês gostem d´A Trilha de Volta, que é pra trazer um pouquinho de reflexão e é um disco praticamente terapêutico, pra lidar com todos esses dilemas da vida em família e trazer um pouquinho de paz pra esse povo todo que tá sofrendo tanto nesses anos de pandemia.

Em release para a imprensa, ele também falou sobre como a dor de perder o avô influenciou o álbum:

Comecei a escrever as canções na época em que meu avô morreu. Ele foi a primeira pessoa próxima que perdi em toda a minha vida, notei que nos dias que se seguiram, o que eu mais sentia falta era de sua voz. Pensava em como ninguém, nunca mais, me chamaria pelo nome como ele me chamava… e acho que de alguma maneira eu queria que minha família ouvisse a minha voz cantando pra eles, queria criar um registro disso.

Inspirações e Influências

Além do papo, o artista também nos mandou uma playlist composta de artistas que lhe inspiram diariamente e lhe influenciaram para o álbum, passando por nomes como Chico Buarque, Milton Nascimento, Tiago Iorc, O Terno, Anavitória, Bob Dylan, The National e mais.

Você pode ouvir a playlist logo abaixo, bem como a belíssima canção “a grande beleza” na playlist TMDQA! Acústico, no Spotify.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Destaque

Japan, “Nightporter” (1982)

  Lado A:  Nightporter (remix) Lado B:  Ain’t That Peculiar (Virgin, 1982) Se calhar o primeiro sinal de caminhos que no futuro seriam mais ...