Thought Patterns de Death
Quinto álbum da banda, lançado em 22 de junho de 1993. Contaria com a segunda participação de Steve DiGiorgio no baixo Fretless, Gene Hoglan na bateria que já tinha grandes experiências no Metal com Dark Angel, e o grande Andy LaRocque (popularmente conhecido por tocar com King Diamond) na guitarra, liderado por Chuck Schuldiner nos vocais e na guitarra como sempre, agora com vocais mais próximos de Screaming do que do clássico Death Metal Gutturals. O conteúdo lírico se destaca por falar do humano em sua interação consigo mesmo e com os outros, como as pessoas se revelam umas às outras.
Com uma entrada de bateria de alguns segundos, “Overactive Imagination” entra em ação com muita velocidade, constante Tremolo Picking nas cordas, abre com a voz de Chuck recitando o conceito da música, obsessão de uma ideia precipitada, confecção de um mundo perfeito não pertencentes à realidade. Bom solo melódico de Chuck, após um break poderoso, LaRocque ataca com um lead muito elegante, mostrando suas influências neoclássicas e arranjos com dramas já conhecidos. Música cheia de adrenalina que te deixa em êxtase para curtir o resto do álbum.
“In Human Form” é uma faixa bastante interessante em estrutura. Possui muitos riffs lentos e agitados, mudanças de tempo, baixo em constante movimento, além de bons ataques de guitarra.
“Jealousy” chega como uma música muito tensa, com as guitarras tocando em harmonia e um baixo pronunciado, a bateria totalmente solta na qual Hoglan mostra sua grande habilidade no contrabaixo.
Com uma introdução melódica e muito emocional, chega “Trapped in a Corner”, claramente uma das maiores canções do álbum. A sensação da destruição do outro, a falsidade, a ferida e a queda dos sonhos alheios por culpa alheia levam ao seu próprio luto, conceito que demonstra a sensibilidade de Chuck ao criar. Cada seção da música dá uma sensação de progressão, chegando ao riff icônico, daqueles que ficam na memória para sempre, Hoglan dá um show de Groove na percussão. O solo de LaRocque é incrível, com escalas exóticas, harmônicos, mudanças de velocidade, bendings bem colocados e o arpejo preciso para a parte mais alta, a aparição do lead luminoso de Chuck.
Uma das músicas com as melhores linhas de baixo, “Nothing is Everything” é o grande momento de DiGiorgio onde ele está constantemente dançando ao som dos diálogos das guitarras. “Olhe no fundo dos olhos deles -Para o que eles têm a dizer- As emoções assumem o controle- Da vida cotidiana”, o refrão nos diz, fazendo referência à dualidade, dissociação e percepção da realidade.
Em "Mentally Blind" a grande habilidade de Hoglan com grandes Fills é sempre inquieta em contraste com os outros instrumentos.
A faixa auto-intitulada do álbum, “Individual Thought Patterns” é uma música que muda constantemente de ritmos e riffs, composta de forma bem específica, com um baixo acentuado nas partes necessárias para ser percebido com o ataque que apresenta. Essa música fala sobre os julgamentos morais da sociedade, da massa e da opinião pública, daqueles que representam lideranças e que são afastados de fazer parte de "algo".
Introdução de guitarras acústicas, delicadas e sutis. A calma desaparece com o rápido aparecimento de uma guitarra violenta assim como o destino fulminante. "Destiny" é um tema vicioso tanto em melodias quanto em termos de ritmo.
Uma harmonia coberta por uma aura especial dá início a “Out of Touch”, que nos transporta calmamente para a brutalidade e violência que conhecemos da Morte. Nas seções intermediárias da música, são apresentados os riffs clássicos da banda, aqueles que se instalam na mente, leads que estão um pouco mais próximos do segredo e mantêm um certo calor, ao qual encontramos um ritmo que parecerá mais comum na música latina. Este tema é considerado uma crítica à música extrema, no sentido das aparências, e das mensagens que são transmitidas às pessoas.
Uma das músicas mais conhecidas da banda, "The Philosopher", aparece com uma breve introdução melódica da guitarra de Chuck, seguida por um riff feito para segui-la corporalmente. Um trabalho incansável de DiGiorgio no baixo, um baterista executado com perfeição, lança as bases para a mensagem que Schuldiner entrega através da força da guitarra e em sua voz comovente, “O Filósofo-Você sabe muito sobre nada” canta contra aqueles que pregam, tanto religiosos como intelectuais-filósofos, que ele considera impotentes para o resto do mundo. Ótimo solo de Chuck, seguido por uma passagem dramática com um baixo bem alto e uma bateria estrondosa Groove para a qual ele foi chamado nessa música. Para fechar a cortina do álbum,
Esse álbum gerou um debate no meio, para os fãs de clássicos, a banda se afastou muito do som histórico do Death Metal. Por outro lado, deu uma aula de como inovar e se reinventar sem deixar de continuar com a mesma honestidade musical.
tracklist
- “Imaginação Hiperativa” – 3:30
- “Em Forma Humana” – 3:57
- “Ciúmes” – 3:41
- “Preso em um canto” – 4:14
- “Nada é Tudo” – 3:19
- “Mentalmente cego” – 4:49
- “Padrões de Pensamento Individuais” – 4.01
- “Destino” – 4:06
- “Fora de contato” – 4:22
- “O Filósofo” – 4:13
- Charles "Chuck" Schuldiner -Vocal e Guitarra
- Andy LaRocque – guitarra
- Steve Di Giorgio – Baixo
- Gene Hoglan – bateria
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