Novo disco do lendário vocalista conta com participações que vão de Tony Iommi a Taylor Hawkins
O lendário Ozzy Osbourne não vive a melhor fase de sua vida pessoal, lidando com vários problemas de saúde e vendo sua esposa, Sharon, passar por questões que envolvem até mesmo o cancelamento na internet.
Ainda assim, a carreira do Príncipe das Trevas está mais viva do que nunca com o lançamento de Patient Number 9, seu novo álbum que chegou às plataformas digitais na madrugada desta sexta-feira (9). O trabalho é o décimo terceiro de estúdio do vocalista, e chegou recheado de participações especiais.
Desde o primeiro single, a faixa-título que serve também como abertura do disco em sua versão completa de mais de 7 minutos, ficou claro que Ozzy tinha escolhido uma direção mais clara do que no antecessor Ordinary Man (2020).
Se ali o cara parecia estar mais aberto às sugestões do produtor Andrew Watt, parece que dessa vez o que surgiu foi uma fórmula que permite ao vocalista explorar seus lados mais tradicionais, ligados ao Rock clássico, sem perder a essência do novo. Para isso, temos faixas como “Immortal” e “Parasite”, que incorporam elementos tradicionais de Ozzy sob uma nova cara.
O time de estrelas de Ozzy Osbourne
Quando se trata de Ozzy Osbourne, é normal que sempre surja o questionamento: seria esse o último disco da lenda? Esperamos que não, é claro, mas a possibilidade está sempre próxima e Patient Number 9, ainda que não seja uma obra-prima nem trate dos temas mais belos e sensíveis (como até o próprio Ordinary Man faz), poderia ser uma boa despedida dos estúdios.
Isso porque Ozzy contou com um verdadeiro time de estrelas, reunindo nomes que vão desde Eric Clapton (em “One of Those Days”) até Tony Iommi, seu ex-companheiro de Black Sabbath que aparece em “No Escape From Now” e “Degradation Rules”, passando ainda pelo saudoso Taylor Hawkins e outros grandes nomes.
A banda base de Patient Number 9, aliás, conta com ninguém menos que Josh Homme (Queens of the Stone Age) nas guitarras, os baixistas Robert Trujillo (Metallica, ex-Ozzy), Duff McKagan (Guns N’ Roses) e Chris Chaney (Jane’s Addiction) e Chad Smith (Red Hot Chili Peppers) na bateria junto com Hawkins.
Entre tantos nomes ilustres, os que mais se destacam são dois que talvez passariam despercebidos por muitos: Jeff Beck e Zakk Wylde. O primeiro aparece tanto na ótima faixa-título quanto em “A Thousand Shades”, duas das músicas mais interessantes do álbum, enquanto o segundo está em quatro canções diferentes trazendo a sua marca registrada e resgatando uma sonoridade já conhecida de Ozzy.
O reencontro de Osbourne e Wylde, claro, é uma atração à parte. Além de “Parasite”, que mencionamos acima como um dos bons momentos, a sequência formada por “Mr. Darkness”, “Nothing Feels Right” e “Evil Shuffle” é perfeita para quem estava com saudades dessa dupla fantástica.
Ozzy Osbourne – Patient Number 9
No fim das contas, Patient Number 9 inova muito menos do que seu antecessor, mas resgata com força a sonoridade mais tradicional (e quase farofeira, no melhor sentido possível) de Ozzy Osbourne.
Na atual conjuntura de sua carreira, é um privilégio que nós como fãs possamos vê-lo em tão boa forma vocal, ainda que as temáticas das letras não sejam tão interessantes quanto em outros tempos e que o disco soe mais como o projeto de um supergrupo do que algo que realmente cabe na carreira solo de Ozzy.
No entanto, é importante ressaltar que talvez seja justamente esse o ponto em que o vocalista está de sua carreira: hoje, falar em Ozzy Osbourne é celebrar o legado dessa lenda imortal, e ninguém melhor para fazer isso do que ele próprio. Vida longa, Ozzy!
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