serge fritz é um projeto novo, tão a estrear que ainda temos de tirar o plástico envolvente. Mas já sai crescido, composto e recomenda-se.
Alter-ego de Sérgio Freitas, bracarense e pianista, que já teve colaborações com artistas como Old Jerusalem, Sensible Soccers, Mind da Gap, PZ ou We Trust, apesar de ser um novo projeto, este serge fritz não é um novato no mundo dos sons. E nota-se, em bom, claro.
É um disco instrumental e para mim mais difícil de classificar porque sem uma letra condutora, temos as emoções da música. E coibo-me de escrever “apenas” nessa frase anterior, porque, ao fim ao cabo, é o que mais interessa.
Ao longo de 11 canções, serge fritz leva-nos por viagens tão distintas como sonoramente agradáveis. Em “putas&vinhoverde” temos uma canção de verão, alegre e que não lembra tascos. Pelo contrário, dá uns toques a Bizarre Love Triangle de New Order. Já, por exemplo, em “webcap do tolo”, os sons de 8 bit comandam o espaço no que podia ser uma trilha sonora de um programa ou podcast de informática. “brava”, a canção que abre o disco e tem direito a vídeo por André Tentugal, é mais taciturna mas abre logo para “alodoxafobia” com umas cordas que puxam o tema anterior mas expandem o universo. Já “lupita” tem uns sons mais quentes a levar ao jazz ou um qualquer local com esplanada.
Nota-se em tudo, mais que uma influência, uma aproximação a projetos como Sensible Soccers e ser-se comparado a um dos melhores grupos nacionais não é displicente. Mais que falado ou escrito, este gandulo é para ser ouvido.
Sem comentários:
Enviar um comentário