Lançamentos recentes e mais materiais a caminho. Três projetos para você conhecer e acompanhar
Depois de quase três anos em hiato, o power trio paulista Dois Barcos retoma suas atividades com o lançamento de um single duplo: “Manto Lunar/Surto”. Nessa nova fase, o grupo explora novas sonoridades que vão além do rock alternativo e do indie.
Beats de trip hop e piano de salsa foram algumas das investigações de Elisa Monasterio (baixo e voz), Rafaella Petrosino (guitarra e voz) e Gabriel B. Ferreira (guitarra), além de diferentes texturas, utilização de teremins, elementos revertidos, guitarras distorcidas, bongôs, synths eletrônicos, corais, órgão, entre outros.
As canções trazem como mote principal a misticidade da noite, o sentimento de autoproteção que este período evoca, e funcionam como a materialização da ideia de que é preciso morrer para germinar, como reflete Elisa, vocalista e baixista da Dois Barcos:
A noite nos traz uma certa adaptação à escuridão, sendo um período mais sombrio que gera mitos e lendas. Ela não é silenciosa, traz ruídos inexplicáveis das sinfonias noturnas da floresta e visões distorcidas que mexem com o imaginário. A noite é o momento de recolhimento, de se auto proteger, de se camuflar dos predadores e repousar.
Nessa fase, a Dois Barcos apresenta a cor azul marinho como guia. A ideia é gerar serenidade e harmonia, ao mesmo tempo que contrasta com o vermelho, que começa a surgir nos trabalhos com a ideia de destacar a dualidade da calma e do conflito, tão presentes nos últimos anos no contexto brasileiro.
Este equilíbrio também pode ser notado nos singles: enquanto “Manto Lunar” fala sobre o valor do recolhimento, “Surto” é sobre desapego e desprendimento.
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