Sting
Gordon Matthew Thomas Sumner, CBE (Wallsend, 2 de outubro de 1951), mais conhecido pelo seu nome artístico, Sting, é um vocalista, cantor e ator britânico. Antes de sua carreira solo foi o principal compositor, cantor e baixista da banda de rock The Police. Vendeu ao longo de sua carreira mais de 200 milhões de discos,[1] e recebeu dezesseis Prêmios Grammy por seu trabalho, incluindo o seu primeiro, por "melhor performance instrumental de rock", em 1981, e recebeu uma indicação ao Oscar de melhor canção original.[2][3]
Sting, que já era conhecido como vocalista do grupo The Police, tornou-se ainda mais famoso após a turnê do disco Nothing Like the Sun, realizada no país em 1987. Após um memorável concerto realizado em Novembro daquele ano no Estádio do Maracanã, iniciou viagens pela Amazônia, onde conheceu o cacique Raoni; após essa amizade, Sting passou a defender a causa ecológica. Casado com a atriz e produtora Trudie Styler, Sting tem seis filhos e vive dividido entre sete luxuosas residências na Europa e nos EUA.
Biografia
Sting é o filho primogênito de Ernest Sumner, um revendedor de leite, e sua esposa Audrey Cowell, uma cabeleireira. O jovem Sumner muitas vezes ajudou o seu pai com o seu trabalho. Ele foi educado na religião católica, devido à influência de sua avó paterna irlandesa. Sting abandonou uma promissora carreira como um atleta quando levou o terceiro lugar numa competição chamada 100 Yard Sprint National Junior Championship.
Sting mostrou um talento natural para a música, tocando e organizando suas próprias canções quase imediatamente depois de tocar uma velha guitarra dada por seu tio quando tinha oito anos de idade. Tocou com bandas locais como o Phoenix Jazzman, Last Exit e Newcastle Big Band, no início de sua carreira.
Suas feições foram utilizadas inicialmente como rosto e demais características físicas do personagem de HQ John Constantine, criação do escritor inglês Alan Moore que vivia na mesma cidade natal de Sting, Newcastle, na Inglaterra.
The Police
Em 1977, Sting, Andy Summers e Stewart Copeland formaram a banda The Police em Londres. Outro integrante que pertenceu a banda era Henry Padovani que deixou o The Police devido a um conflito durante o festival de Mont Marsans.
O grupo ganhou seis prêmios Grammy no início da década de 1980. Seu último álbum, Synchronicity foi lançado em 1983.
Houve uma tentativa de juntar o grupo novamente em 1986 após um concerto no Live Aid. Sting propôs um novo álbum com a intenção de gravar reinterpretações de temas clássicos do grupo. A ideia não foi adiante em primeiro lugar, pela relação tensa entre Sting e Copeland e o desinteresse dos companheiros de banda. Apenas houve uma nova versão da música "Don't Stand So Close to Me" gravada na coletânea Every Breath You Take: The Singles.
Em 2007 a banda se reuniu para em uma turnê comemorativa dos 30 anos do lançamento do primeiro compacto do The Police.
Sting também já se aventurou no cinema. Seu primeiro filme foi Quadrophenia lançado em 1979. Também participou de Brimstone and Treacle (1982), Duna (1983) e Feyd-Rautha (1984). Outras aparições na televisão foram em Family Guy, The Simpsons, Bee Movie e Ally McBeal
Carreira solo
Sua primeira aparição solo foi em 1981 em um show para a Anistia Internacional onde tocou "Roxanne" e "Message in a Bottle".
Sting levou uma banda apelidada de "The Secret Police" formada por Eric Clapton, Jeff Beck, Phil Collins, Bob Geldof e Midge Ure. Com exceção de Beck, todos trabalharam com Sting no concerto Live Aid.
Em 1982 gravou o single Spread a Little Happiness, uma reinterpretação do musical da década de 1920 chamada Mr. Cinders de Vivian Ellis.
Em 1994 fez uma participação especial no disco Antônio Brasileiro de Tom Jobim cantando a música "How Insensitive" (Insensatez).
Década de 1980
Em 1985, Sting lançou o álbum The Dream of the Blue Turtles com um elenco de músicos de jazz como Kenny Kirkland, Darryl Jones, Omar Hakim, e Branford Marsalis. O álbum apresentou o single "If You Love Somebody Set Them Free" e teve outros hits como "Fortress Around Your Heart", "Russians", and "Love is the Seventh Wave". Com esse álbum, Sting ganharia o Grammy de melhor álbum europeu.
Sting lançou em 1987 o álbum ...Nothing Like the Sun incluindo as músicas "We'll Be Together", "Fragile", "Englishman in New York", e "Be Still My Beating Heart", que foi dedicado a sua recém-falecida mãe. Com esse álbum, ganhou o disco de Platina Duplo. A música "The Secret Marriage" foi uma adaptação de uma melodia feita pelo compositor alemão Hanns Eisler e "Englishman In New York" foi sobre o excêntrico escritor Quentin Crisp.
Pouco tempo depois em 1988, Sting lançou Nada como el sol que foi uma seleção de cinco músicas cantadas em espanhol e português.
Década de 1990
Sting lançou em 1991 o álbum The Soul Cages, dedicado ao pai que havia falecido recentemente. O álbum tinha a canção "All this Time". No ano seguinte, casou-se com Trudie Styler e também foi concedido o título de doutor honorário em música pela Northumbria University.
Sting também fez uma aparição em "Two Rooms: Celebrating the Songs of Elton John & Bernie Taupin". Sting aparece na canção "Come Down In Time". O álbum foi lançado em 22 de outubro de 1991 pela Polydor. Em 1993, ele lançou o álbum "Ten Summoner's Tales". O álbum foi indicado para o Grammy de melhor álbum do ano, em 1994.
Sting chegou a um auge do sucesso em 1994. Juntamente com Bryan Adams e Rod Stewart, que fizeram música "All for Love" para o filme The Tree Musketeers. Em fevereiro ganhou mais dois Grammys e foi indicado para mais três.
O álbum de 1996, "Mercury Falling", estreou fortemente, mas caiu rapidamente nas paradas. No entanto, o mesmo ano Sting atingiu o Top 40 com "You Still Touch Me" e "I'm So Happy I Can't Stop Crying". Em 1997, Sting esteve também envolvido na versão feita por Toby Keith para "I'm So Happy I Can't Stop Crying" .
Ainda em 1996, Sting cantou com Tina Turner no single "On Silent Wings".
Em 1995, a música "Moonlight" foi gravada para o filme Sabrina e foi indicada ao Grammy de 1997 na categoria de melhor canção escolhida especialmente para um filme.
No ano de 1999, reapareceu com o álbum, "Brand New Day", com as músicas "Brand New Day" e "Desert Rose".
Década de 2000
Em 2001 ganhou outro Grammy por "She Walks This Earth (Soberana Rosa)" incluída em A Love Affair: The Music Of Ivan Lins.
Em 2002, Sting ganhou um Globo de Ouro pela canção Until… para o filme Kate and Leopold. Nesse ano, foi-lhe concedida a honra de Comandante da Ordem do Império Britânico (CBE).
No ano de 2003 lançou o álbum Sacred Love com a colaboração de Mary J. Blige.
A sua autobiografia foi lançada em outubro de 2004 pela Broken Music. Nesse ano, Sting embarcou em uma turnê do álbum "Sacred Love".
Em 2005 participou do álbum Monkey Business do grupo americano de hip-hop The Black Eyed Peas.
Sting participou do Live 8 em junho de 2005. Em 2006 lançou Songs from the Labyrinth.
Em 11 de fevereiro de 2007, Sting reecontrou-se com os outros integrantes do The Police e apresentaram-se no Grammy Awards 2007 cantando "Roxanne" e posteriormente anunciaram a turnê de reunião da banda. O The Police excursionou pela América do Norte, Europa, América do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Japão.
Também em 2007, Sting participou da faixa "Power's Out" da cantora Nicole Scherzinger inclusa no álbum Her Name Is Nicole.
Em 2009, Sting anunciou a gravação de seu novo álbum, If on a Winter's Night..., que traz interpretações de canções tradicionais inglesas que abordam a temática do inverno [4]. O disco teve recepção controversa dos fãs, que, assim como no caso de Songs From the Labyrinth, privilegiava um repertório de canções datadas de séculos atrás, em detrimento de novo material autoral do artista [5].
Por vários anos, Sting trabalhou em um musical, The Last Ship, inspirado nas experiências de infância de Sting e na indústria naval em Wallsend. O enredo de The Last Ship aborda o fim da indústria naval britânica na década de 1980 em Newcastle, e o musical acabou por estrear em Chicago em junho de 2014, antes de se transferir para a Broadway no outono [6]. Em seguida, o décimo primeiro álbum de estúdio de Sting, intitulado The Last Ship (e inspirado na peça), foi lançado em 24 de setembro de 2013. O trabalho apresenta artistas convidados que nasceram ou cresceram no nordeste da Inglaterra, incluindo Brian Johnson, vocalista do AC/DC [7].
Em 2014, Sting inicia a turnê On Stage Together, junto com o cantor e compositor Paul Simon. E, em 2016, uma nova turnê conjunta uniu Sting agora com o ex-Genesis Peter Gabriel.
Em 2016, lançou o seu novo álbum, 57th & 9th. O título é uma referência ao cruzamento da cidade de Nova York que ele cruzava todos os dias para chegar ao estúdio onde grande parte do álbum foi gravado [8].
Em 4 de novembro de 2016, a administração do teatro Bataclan anunciou que Sting realizaria um concerto exclusivo em Paris, no dia 12 de novembro de 2016 para a reabertura do clube, um ano após o ataque terrorista ocorrido no local. O ex-guitarrista do Police, Henry Padovani, se juntou à banda no palco para executarem "Next to You" [9].
Sting foi anunciado como o vencedor conjunto do Polar Music Prize 2017, um prêmio internacional sueco dado em reconhecimento à excelência no mundo da música. O comitê de premiação declarou: "Como compositor, Sting combinou pop clássico com musicalidade virtuosa e uma abertura a todos os gêneros e sons de todo o mundo" [10].
O décimo quarto álbum de Sting, intitulado My Songs, foi lançado em 24 de maio de 2019. O álbum apresenta 14 versões de estúdio (e uma ao vivo) re-gravadas de suas músicas lançadas ao longo de sua carreira solo e seu tempo com The Police [11].
Em 19 de março de 2021, Sting lançou Duets, um álbum de compilação composto por 17 faixas de colaborações com vários artistas, incluindo Eric Clapton, Mary J. Blige, Shaggy, Annie Lennox e Sam Moore [12].
Sting lança seu décimo quinto álbum de estúdio The Bridge em 19 de novembro de 2021. Foi precedido pelo lançamento do primeiro single "If It's Love" em 1 de setembro de 2021. Sting escreveu o conjunto de canções de pop-rock "em um ano de pandemia global, perda pessoal, separação, ruptura, confinamento e extraordinário tumulto social e político" [13].
Discografia
- Álbuns de estúdio
- The Dream of the Blue Turtles (1985)
- …Nothing Like the Sun (1987)
- The Soul Cages (1991)
- Ten Summoner's Tales (1993)
- Mercury Falling (1996)
- Brand New Day (1999)
- Sacred Love (2003)
- Songs from the Labyrinth (2006)
- If On a Winter's Night... (2009)
- Symphonicities (2010)
- The Last Ship (2013)
- 57th & 9th (2016)
- 44/876 (2018)
- My Songs (2019)
- Duets (2021)
- The Bridge (2021)
- EP
- ...Nada como el sol (1988)
- Demolition Man (1993)
- Coletâneas
Ao vivo
- Bring on the Night (1986)
- Acoustic Live in Newcastle (1991)
- Unplugged (1991)
- Summoner's Travels (1993)
- ...All This Time (2001)
- The Journey and the Labyrinth (2007)
- Live in Berlin (2010)
- Live at the Olympia Paris (2017)
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