quarta-feira, 16 de novembro de 2022

BIOGRAFIA DOS Blitzkrieg

 

Blitzkrieg

Blitzkrieg é uma banda de Heavy metal e NWOBHM inglesa fundada em 1980 em Leicester. A formação original era composta por Brian Ross (vocais), Ken Johnson e Guy Laverick (guitarra), Paul Brewis (baixo) e Phil Brewis (bateria).

A formação do Blitzkrieg é frequentemente trocada desde sua fundação e, sendo assim, Brian Ross é o único membro remanescente do início.

História.

Formação.


As origens do Blitzkrieg remetem a Leicester (RUN) últimos meses de 1980, quando Jim Sirotto (G), Ian Jones (G), Steve English (baixo) e Steve Abbey (bateria) mandaram publicar anúncios em busca de um vocalista. Inicialmente batizado de Split Image, o projeto foi rebatizado Blitzkrieg assim que Brian Ross assumiu os microfones, e em poucas semanas o quinteto já entrava em estúdio para gravar sua primeira demo. Apesar da pressa, as três faixas contidas na fita promocional (“Inferno”, “Blitzkrieg” e “Armageddon”) se mostraram boas o suficiente para atrair a atenção da Neat Records, que rapidamente tratou de garantir a participação do conjunto em sua coletânea “Lead Weight”, lançada no início de 1981. “Inferno”, dentre as três faixas da demo, foi escolhida para entrar na compilação, e fez um belo papel ao lado de gente como White Spirit, Raven, Venom, Aragorn e Fist. Em abril, sairia o hoje clássico 7” single contendo “Buried Alive” e uma nova versão de “Blitzkrieg”, um lançamento marcante para a NWOBHM e um dos singles mais bem sucedidos da história da Neat Records. O som pesado e agressivo dessas duas músicas conquistou muitos fãs, e o nome Blitzkrieg estava em franca ascensão na época. No entanto, as primeiras de muitas mudanças de formação atingiriam o jovem conjunto, e Ian Jones e Steve English (que mais tarde juntou-se a um obscuro grupo chamado Raw Deal) foram sacados, substituídos por John Antcliffe (G, ex-Electric Savage) e pelo baixista Nick Moore. Essa formação registrou uma nova demo com seis faixas, “Blitzed Alive”, gravada em Newcastle quando o Blitzkrieg abriu a noite para os franceses do Trust. Na época, um “full-lenght” era questão de tempo para a banda, e mesmo gravadoras poderosas como a Carrere mostravam dispostas a contratar o promissor quinteto. O conjunto chegou a gravar uma grande quantidade de material para o esperado primeiro álbum, mas, antes que o processo fosse concluído, problemas internos sacudiram a banda e o Blitzkrieg separou-se pela primeira vez, deixando as master tapes do que seria o álbum de estreia arquivadas por mais de vinte anos.

Durante quatro anos o Blitzkrieg foi história, e cada um de seus membros tomou rumos diferentes. Sirotto e Abbey afastaram-se do meio musical, enquanto Antcliffe formou o razoavelmente bem sucedido Chrome Molly. Ross e Moore, por sua vez, participaram brevemente de alguns pequenos projetos, até unirem forças e formarem o Avenger na primeira metade de 1982. O cantor chegou a registrar algumas canções com o grupo, mas logo trocou seu posto com Ian Davison Swift, em um acordo curioso: Brian entrou para o Satan, grupo de Ian, e este substituiu o próprio Brian no Avenger. Com o Satan, Ross gravou em 1983 “Court in the Act”, um verdadeiro clássico do metal. No entanto, logo os músicos envolvidos divergiram quanto à direção musical a ser tomada a seguir e o vocalista saiu do grupo, envolvendo-se brevemente com o Lone Wolf (do qual foi empresário e com quem gravou o EP “Nobody’s Move” em 1984) antes de decidir voltar aos primórdios e resgatar o então quase esquecido Blitzkrieg.

A Time of Changes.

Uma vez acertado o lançamento de um LP pela Neat, Brian correu atrás de músicos que pudessem gravar o material, e em 1985 um time de convidados foi arregimentado para registrar novamente as músicas que deveriam ter ficado prontas em 1981. Jim Sirotto e Mick Moore (ainda um membro efetivo do Avenger na época) foram persuadidos a participar, e Mick Procter (guitarra, ex-Jess Cox / Tygers of Pan Tang) e Sean Taylor (bateria, parceiro de Ross nos tempos de Satan) foram escalados para as gravações do que seria “A Time of Changes”. A repercussão foi boa, e como pouco antes a versão do Metallica para “Blitzkrieg” fora editada no single de “Creeping Death”, certamente muitos novos fãs de metal passaram a prestar atenção no revitalizado conjunto. No entanto, a banda que gravou o disco era pouco mais do que um arranjo de estúdio, e logo Brian Ross se viu forçado a montar uma nova “line-up”. De fato, uma formação com Ross, os guitarristas JD Binnie e Chris Beard, o baixista Darren Parnaby e o baterista Sean Wilkinson chegou a gravar uma demo de quatro faixas em 1986 (que, até onde sabemos, nunca foi distribuída ao público), mas logo desintegrou-se. Um novo time, com Brian, Glenn Howes (G), Steve Robertson (G), Robbie Robertson (BX) e Kyle Gibson (BT) gravou duas músicas em 1988 (igualmente enviadas apenas para gravadoras) mas somente no ano seguinte o Blitzkrieg conseguiu alguma estabilidade, com Ross e Howes sendo assessorados por Tony J. Liddle (outrora cantor de um projeto pós-Tygers of Pan Tang chamado Seargent, agora promovido a guitarrista), Glenn Carey (baixo) e o antigo aliado de Ross no Avenger Gary Young na bateria.

Após gravarem um vídeo chamado “Live at the Kazbah”, imortalizando um concerto em Sunderland (RUN) e que foi lançado em 1990, o novo Blitzkrieg conseguiu um acordo com a RoadRacer Records visando o lançamento de um mini-LP comemorativo aos dez anos da banda. As duas faixas do 7” single foram regravadas, e três novas músicas foram acrescidas para formar o pacote “Ten Years of Blitzkrieg”, que chegou às lojas em 1991. Pouco antes, a versão original de “Blitzkrieg” foi incluída na coletânea “NWOBHM ’79 Revisited”, selecionada por Lars Ulrich e Geoff Barton (que no auge do movimento citado era editor da revista “Sounds”), o que mais uma vez colocou o nome do conjunto em evidência. As coisas pareciam ir mito bem então, mas um sério acidente envolvendo Gary Young tirou-o de circulação por um bom tempo, impossibilitando-o de tocar e pondo o Blitzkrieg em recesso forçado. Nesse ínterim, outros membros optaram por novos rumos, o que obrigou os remanescentes Ross e Liddle a reformularem uma vez mais o conjunto. Os dois, assessorados por Dave Anderson (baixo), Sean Taylor (que, após tocar no Satan, Blind Fury e Pariah, havia se mudado para os EUA) e alguns convidados (o mais ilustre deles Cronos, do Venom, que gravou com eles uma nova versão de “Countess Bathory”), gravaram cerca de uma hora de material no final de 1992, mesclando novas composições com velhas pérolas como “Calming the Savage Beast” e “Take a Look Around” (a última presente em “Blitzed Alive”). Por motivos nunca plenamente esclarecidos, mas que provavelmente tinham muito a ver com o cenário musical pouco propício na época (lembre-se, era o estouro do Grunge nos EUA, e o Reino Unido de então se via tomado pela Dance Music), o material só seria lançado três anos depois, quando o Blitzkrieg nem mesmo tinha uma formação definida e Tony J. Liddle já investia em projetos solo.

Anos 90.

Seja como for, “Unholy Trinity” – o álbum lançado pela Neat Records (agora Neat Metal) a partir das gravações feitas em 1992 – mostrou-se um surpreendente sucesso, conquistando boas posições em lugares como Japão e Alemanha e sendo considerado e sendo considerado por muita gente o ponto alto da carreira do conjunto, superando até os clássicos perpetrados no passado glorioso da NWOBHM. Tamanha repercussão positiva empolgou Ross e Liddle, que trataram de organizar rapidamente um time para divulgar o CD e preparar o caminho para um novo trabalho. Após alguns testes, foram confirmados Phil Miller (G), Steve Ireland (baixista veterano de várias bandas obscuras da NWOBHM, entre elas o Marauder) e Paul ‘Sid’ White (bateria), e em 1997 os cinco lançariam “Ten”, uma espécie de semi-coletânea reunindo as cinco faixas de “Ten Years of Blitzkrieg” (todas retrabalhadas em estúdio, e “Blitzkrieg” com uma nova letra) e cinco faixas inéditas, mantendo o nível de qualidade usual do grupo. Mais uma vez os resultados foram apreciáveis (inclusive com uma aparição do grupo na coletânea “Unbroken Metal”, com uma versão ao vivo de “The Power of the King”), mas ainda assim problemas ocorreram, com Tony J. Liddle deixando a banda para dedicar-se a projetos paralelos e o restante do grupo desfazendo-se em seguida. O já escaldado Brian Ross, no entanto, não deixou a peteca cair e logo reuniu os músicos necessários para gravar um novo trabalho. Juntaram-se a ele os guitarristas Glenn Howes (de volta ao time) e Martin Richardson (ex-Ragnarok) e o baterista Mark Hancock, e todos esses gravaram também as partes de baixo para o que viria a ser “The Mists of Avalon”, que chegou às lojas no segundo semestre de 1998.

Últimos Álbuns.

Lamentavelmente, esse lançamento não parece ter alcançado as boas marcas de seus antecessores, e a formação que gravou o disco sequer conseguiu manter-se unida tempo suficiente para divulgar o trabalho, tendo Richardson saído para a entrada de Paul Nesbitt (G) e Gavin Gray assumido o baixo ao vivo. A formação citada teve seus momentos (entre eles, uma prestigiosa aparição no Wacken Festival de 1998), mas problemas internos ocorreram como sempre e logo o Blitzkrieg estava em hibernação uma vez mais. Howes e Hancock dedicaram-se ao Earthrod, e Gray uniu-se ao The Almighty. Durante cerca de dois anos, tudo foi silêncio, e alguns chegaram a temer que este fosse o fim definitivo do Blitzkrieg. No entanto, Brian Ross e Tony J. Liddle chegaram a um acordo, e por volta de 2001 um novo Blitzkrieg surgiu, mantendo Paul Nesbitt na segunda guitarra e agora com Andy Galloway (BX) e Phil Brewis (BT) perfazendo a “cozinha” do conjunto. Essa formação deu ao mundo o elogiado “Absolute Power” (2002), um disco bastante pesado que dá um novo alento ao já veterano grupo. Mais uma vez a banda compareceu ao Wacken, E outras aparições de vulto em festivais como o Sweden Rock Fest e o Metal Meltdown nos EUA só confirmaram a força renovada do velho Blitzkrieg.

Em 2003, tivemos o lançamento de “A Time of Changes – Phase One”, um CD duplo que não só reapresenta em versão digital o LP de 1985 como inclui um grande número de faixas bônus, entre eles a demo “Blitzed Alive” (contendo até uma versão para “Highway Star”, do Deep Purple) e, finalmente, várias faixas retiradas das sessões de 1981, que comporiam um nunca lançado primeiro trabalho. Decidido a decolar seu trabalho solo custe o que custar, Liddle deixa a banda mais uma vez, sendo substituído por Ken Johnson (G)

Em 2004 foi lançado o álbum Absolutely Live, voltando ao estúdio em 2005 a banda lançou o álbum Sins And Greed, em 2007 o Theatre Of The Damned em 2013, Back From Hell e em 2018 Judge Not!


                                        A Time Of Changes: Phase 1 (Coletânea 2003)
CD 1.


01. Ragnarok (Instrumental Inferno) (1:45)
02. Inferno (4:30)
03. Blitzkrieg (3:21)
04. Pull the Trigger (Satan Cover) (5:25)
05. Armageddon (6:16)
06. Take a Look Around (4:14)
07. Hell to Pay (4:44)
08. Vikings (4:03)
09. A Time of Changes (6:24)
10. Saviour (3:38)
11. Blitzkrieg (3:43)
12. Inferno (4:42)
13. Armageddon (6:16)
14. Buried Alive (3:33)
15. Blitzkrieg (3:48)
16. Inferno (5:32)

CD 2.

01. Intro (0:44)
02. Inferno (5:03)
03. Take a Look Around (4:25)
04. Armageddon (6:26)
05. Blitzkrieg (3:46)
06. Highway Star (Deep Purple Cover) (3:54)
07. Saviour (5:30)
08. Calming the Savage Beast (5:03)
09. Santa (3:48)
10. Buried Alive (3:28)
11. Vikings (4:37)
12. Too Wild to Tame (2:53)
13. Hell to Pay (5:28)
14. A Time of Changes (8:11)
15. Tocatta (5:51)
16. Sweeney / Rock & Roll (6:47)


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