Preparem os glitters, as luzes psicadélicas, o lipgloss, os lamés e deixem-se envolver pelo ambiente glamoroso do Disco Sound . A viagem é garantida pela voz doce e sensual da poderosa Debbie Harry, ao som do “must” das pistas de dança: “Heart Of Glass”
Ninguém esperaria que os Blondie, uma banda americana dos anos 70 , pioneira nos EUA do punk e do new-wave, surgissem em 1978 com este tema. Trata-se de uma remasterização do original “Once I had a love”, que também ficou literalmente conhecido como “The Disco Song”, na demo de 1978.
Mas não pensem que tal denominação descarada se deve a algum tipo de presunção ou arrogância por parte da banda. O tom é certamente irónico e jocoso, tal qual a concepção desta versão tão apelativa para as massas e tão decepcionante para os fãs do grupo.
A canção foi composta por Debbie e Chris Stein , com a ajuda do sintetizador de Jimmy Destri no seu desmazelado apartamento em Nova Iorque. Heart of Glass não foi mais que um acto de rebeldia contra o que era “in” no momento. O resultado do trabalho foi algo totalmente inesperado , como unir o punk/ new wave ao disco.
Desconcertante, não? E se uma experiência, tão criticada por muitos, resulta em ser o número um nos EUA e no Reino Unido , projectando o grupo para o nível do estrelato não a faz de todo uma aventura falhada.
Mas não julguem o talento da nossa “Blondie” apenas com base neste registo. Também não reduzam a icónica Debbie ao estigma das loiras, pois esta senhora não adormeceu à sombra da sua beleza, que lhe poderia ter conferido o estatuto de “sex symbol”, algo hoje tão em voga.
Ela continua a dar um talentoso e multifacetado contributo, tendo-se tornado um ícone para as vocalistas femininas da cena musical alternativa , ao conciliar a irreverência com a sua feminilidade voluptuosa.
Um conselho:Façam uma pequena viagem à sua discografia e (re-) descubram os “Blondie”. Não se arrependerão…
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