Noise Records / Epic Records, 1989
A última parte dos anos oitenta deixou-nos obras inestimáveis de metal e thrash, acima de tudo. Artilharia pesada do calibre de "Among the Living" do Anthrax, "Reign in Blood" do Slayer ou "Rust in Peace" do Megadeth mais do que provaria isso, mas havia alguns alemães que também tinham muito a dizer. Kreator foi uma banda que de Essen, na Alemanha, faria parte de uma geração do thrash alemão que dava muito peso ao que se fazia na Bay Area nos EUA.
O antecedente de "Pleasure to Kill" (1986) e "Terrible Certainty" (1987) antecipou coisas boas. Aqui o som optou por toda a visceralidade que o título do disco alerta e aquele grito de guerra do início do disco de Mille Petrozza sacode tudo. A banda já exportava seriamente seu som para os Estados Unidos graças aos bons créditos anteriores e seria em 1988 que o Kreator assinou com uma grande gravadora, a Epic Records, para ser distribuído no país do Tio Sam.
A velocidade férrea do som na bateria de Jürgen Reil e aquela guitarra assassina mas não menos cheia de arranjos e complexidade de Jörg Trzebiatowski atacando coisas como 'Stream of Consciousness' com algumas fugas épicas ali, estabeleceram uma cadeira fenomenal do manual do sujeito perfeito lixo. Dali ficaram coisas inesquecíveis, como a célebre 'Betrayer', nos tempos em que seu clipe tinha alta rotação no programa MTV Headbangers Ball, que era uma verdadeira alegria e porta de escape para fãs sedentos de bom metal e big bands do estilo. por aqueles anos.
'Don't Trust' foi uma dose de pura adrenalina, o álbum soou caprichado nos anos em que o cassete era predominante no mundo todo e por aqui chegaram alguns exemplares em mercados quase clandestinos. 'Love Us or Hate Us' é mais uma bestialidade de quebrar crânios ou 'Bringer of Torture' em si num álbum sem trégua e que te submetia a um inferno de guitarras com solos espetaculares quando eu também queria assim.
Extreme Agression" mostra o lado mais duro da abordagem ligeiramente redefinida da banda. Ele levanta tudo com violência de uma forma muito direta. E honestamente falando, a complexidade não desempenha um papel importante, nem em termos específicos nem em geral. São os riffs, a velocidade e a atitude que te impressionam tanto.
Graças ao álbum, a banda fez sua primeira turnê pelos Estados Unidos junto com Suicidal Tendencies e o salto para as grandes ligas do metal mundial foi consolidado. Ainda é estimado como um dos favoritos da banda e de seu líder indiscutível, Mille Petrozza, por sinal.
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