sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Disco Imortal: Porcupine Tree – Deadwing (2005)

Disco Inmortal: Porcupine Tree – Deadwing (2005)

Lava Records, 2005

Porcupine Tree já vinha se destacando no rock progressivo moderno há alguns anos, liderado por Steven Wilson e foi em 28 de março de 2005 que saiu seu oitavo álbum "Deadwing", que até agora se tornou o mais vendido deste banda e que já virou cult.

Alguns dos ingredientes do sucesso, não só comercialmente mas também em termos de composição, é que indica que se trata de um trabalho com um rumo claro. O conceito é baseado em uma história de fantasmas a partir de um roteiro escrito para o cinema pelo próprio Wilson e Mike Bennion, além disso a banda já tinha uma formação estável há alguns anos, com Steven Wilson nos vocais, guitarra e piano, Richard Barbieri nos teclados, Colin Edwin no baixo e Gavin Harrison na bateria. Também conta com participações especiais - e estelares, diga-se de passagem - de Adrian Belew e Mikael Åkerfeldt, do Opeth.

 A abertura «Deadwing» é sublime, com uma combinação de delicadas camadas de teclado, com guitarras muito rock num groove com tons dos anos 70 e os refrões etéreos de Wilson que sem ter uma voz prodigiosa consegue mexer muito pela sinceridade que transmite. Na mesma linha segue-se «Shallow», com riffs poderosos e uma sonoridade contundente que contrasta com «Lazarus», que é a primeira queda do álbum, contudo, ao ouvi-la não deixa de sentir emoção e é inevitável pensar em Radiohead adornado pela melodia do piano.

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A viagem arranca de imediato com “Halo”, um corte com muito groove e uma voz fantasmagórica de Wilson que novamente, sem ser virtuoso, consegue produzir sensações diversas. É seguido por um tema clássico para os fãs, tanto que até agora junto com "Lazarus" ainda é executado por Steven solo, é "Arriving Somewhere But Not Here" que começa muito sutilmente e depois aumenta a intensidade para chegar a um um dos melhores clímax para um tema progressivo. Aqui você pode ouvir Mikael do Opeth nos refrões e a banda consegue tocar o metal progressivo em alguns momentos com um som mais pesado e depois voltar para o sutil e se conectar com "Mellotron Scratch", que se aproxima de um pop britânico com toques de rock. de bom gosto e continuam com «Carro Aberto»,

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Em "The Start of Something Beautiful" dão-nos momentos que fazem jus ao seu nome, onde sobressai a beleza melódica mas também os ritmos irregulares da bateria de Gavin Harrison, que até hoje são a sua marca pessoal, e com a balada "Glass Arm Shattering" fecha o disco sem a necessidade de excessos.

Sem dúvidas Deadwing foi um ponto alto na carreira do Porcupine Tree, tanto que atualmente os integrantes continuam interpretando suas músicas separadamente, embora infelizmente a virada criativa de Steven Wilson e os compromissos dos demais integrantes façam um reencontro deste grande improvável.banda que junto com outras como Dream Theater, Spock's Beard ou Marillion trouxe de volta o rock progressivo neste início de milênio.

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