Algures na Babilónia, num espaço quase perdido no tempo, foi erguida a oitava porta da cidade. Como qualquer porta, “Ishtar Gate” simboliza o acesso a mundos codificados, o encerramento de encruzilhadas ou, simplesmente, a força estrondosa do poder.
Seguindo o caminho de volta no tempo para a antiga história e mitos da Mesopotâmia e do crescente fértil, os Stones of Babylon, continuam onde ficaram com o seu álbum de estreia “Hanging Gardens”: partem dos títulos das composições com o objetivo de que o ouvinte possa embarcar numa viagem e, de alguma forma, ser levado até aos locais de um pretérito sempre misterioso que nos preenche as linhas da história.
Com a entrada de Alexandre Mendes para a guitarra, dá-se uma evolução na continuidade, onde, sem perderem o fio à meada do caminho seguido anteriormente, pretendem não só cimentar o conceito do projecto como expandi-lo seja através da composição seja da própria sonoridade.
Desta forma, as seis espessas faixas que compõem “Ishtar Gate,” pretendem levar o ouvinte a sentir uma aproximação aos sons do Médio Oriente em fusão com os riffs mais densos e massivos do Ocidente, algo como mantras sónicos alternando entre o peso e a subtileza e culminando numa atmosfera psicadélica e de viagem.
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