segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

2022: A MÚSICA EM NÚMEROS

Recordes, vendas, views... Este é um balanço com máquina calculadora.

O que mais fez mexer a música a nível de transferências bancárias volumosas foi a corrida à compra de catálogos de compositores históricos da música, por parte das multinacionais. É no início de 2022 que se fica a saber que o cantor e compositor norte-americano Bob Dylan vendeu todo o seu catálogo de músicas gravadas à Sony. O acordo abrange quase 60 anos da obra do lendário músico dos géneros blues, folk e country, desde o seu álbum homónimo, de 1962, até a "Rough and Rowdy Ways", de 2020. A Warner Chappell Music, do grupo Warner Music, adquiriu os direitos globais de publicação do catálogo de músicas do britânico David Bowie, abrangendo centenas de canções dos 60 anos de carreira do icónico artista e compositor, entre as quais ‘Space Oddity’, ‘Changes’, ‘Life on Mars’, ‘Ziggy Stardust’, ‘Starman’, ‘Rebel Rebel’, ‘Fame’, ‘Young Americans’, ‘Golden Years’, ‘Heroes’, ‘Ashes to Ashes’, ‘Modern Love’, ‘Let’s Dance’, ‘Where Are You Now?’, ‘Lazarus’ e muitas mais”. A Universal Music comprou os vastos catálogos de composições Sting (que incluem os Police) e de Neil Diamond. A Hipgnosis Songs Fund comprou os direitos sobre todas as canções de Leonard Cohen, 278 ao todo. E os membros dos Genesis, Phil Collins, Tony Banks e Mike Rutherford, venderam à empresa multinacional Concord os direitos do catálogo dos Genesis enquanto trio, excluindo-se do negócio o reportório da banda inglesa dos tempos em que Peter Gabriel e Steve Hackett estavam ligados ao grupo.

21 de outubro foi um dia especialmente agitado nas plataformas de streaming, assim que foi lançado o décimo álbum de Taylor Swift, "Midnights". A ansiedade dos fãs em ouvir o novo disco deu a Taylor Swift mais uns quantos recordes, como o álbum com mais streamings num só dia no Spotify e a cantora norte-americana como a artista com mais streamings num só dia na mesma plataforma. A corrida veloz ao disco foi também na forma física. Essa pressa garantiu outro recorde patenteado pelo Guiness a Swift, com "Midnights" a tornar-se no álbum que mais cópias vendeu em vinil na primeira semana no mercado norte-americano, com 575 mil unidades vendidas.   

 

O canadiano The Weeknd é outro super-herói do Spofity, tendo ultrapassado Justin Bieber nas contas da plataforma como o artista mais ouvido de sempre, alcançando uma soma de mais de 85 milhões de ouvintes (por mês) na plataforma. Mas o músico mais ouvido em todo o ano no Spotify voltou a ser Bad Bunny. É o terceiro ano seguido em que o artista porto-riquenho é o artista que mais streams atrai, desta vez com a ajuda do reforço de mais um punhado de canções, vindo do álbum deste ano "Un Verano Sin Ti".

Em cima de uma plaforma chamada palco, os rei dos encaixes financeiros foram os Coldplay com a sua "Music of the Spheres World Tour" que tem corrido o mundo desde março. A digressão de estádios está com uma média de assistência com mais 56 mil espectadores por concerto e uma receita total de quase 200 milhões de euros, que consegue superar o encaixe do atual itinerário ao vivo de Ed Sheeran. A parafernália do "Music of the Spheres World Tour" vai permanecer em Portugal durante quatro noites no Estádio Cidade de Coimbra, em maio de 2023, numa corrida em massa sem paralelo aos bilhetes, que esgotou a lotação para todos os megaconcertos em solo luso com uma rapidez surpreendente.

 

A figura da música mais rica continua a ser Rihanna, mas à custa de outros ramos, como os perfumes e os cosméticos. Essa vida empresarial permtiu-lhe este ano entrar simbolicamente na categoria restrita dos bilionários, segundo contas da revista Forbes

Por cá, o brasileiro Pedro Sampaio bateu o recorde na liderança do top de singles em Portugal (desde que em 2016 os streams passaram a contar para esta tabela), a partir da marca das 19 semanas consecutivas em 1º, através do tema 'Dançarina'.

 

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