O quinto álbum dos Balthazar apresenta-nos uma sonoridade dançável, entre o rock e a disco.
De inspiração indie pop, com um som dançável e despretensioso, o quinto álbum da banda belga Balthazar é uma agradável surpresa.
Em Sand, o grupo mistura rock com sintetizadores e inspiração disco, conseguindo uma sonoridade muito dançável, que em alguns momentos lembra Jungle, noutros até uns Bee Gees modernos, numa reinterpretação do disco dos anos 70, que está cada vez mais em voga.
O disco abre com “Moments”, mas é com “Losers”, a segunda faixa, que os Balthazar mostram mesmo ao que vêm, presenteando-nos com um groove dançável. E logo a seguir, em “On a Roll”, mudam completamente para o indie rock a fazer lembrar, pelo menos até ao refrão (onde se atiram ao falsete), a forma de cantar de Alex Turner dos Arctic Monkeys, com uma linha de baixo a marcar o ritmo, sedutora, acompanhada de metais discretos mas densos.
Conforme vai avançando o álbum vai apurando: “I Want You” é rock, em “Linger On” voltamos ao registo mais dançável e disco, mantendo uma batida poderosa e um crescendo que pede um remix para explodir as pistas de dança. “Hourglass” é borbulhante e energético, bolas de espelho e purpurinas e, mais à frente, em “Halfway”, temos densidade, um toque de soul e abandonamos o falsete, substituindo-o por coros. A fechar, “Powerless” soa a fim de festa, fim de noite, sensualidade estilo Jessica Rabbit, de piano dengoso e coros provocadores.
É uma pena Sand ter passado relativamente debaixo do radar com tantos lançamentos este ano, porque merece bem uma audição. E se as pistas não tivessem estado fechadas até quase ao final do ano, algumas faixas deste trabalho certamente fariam abanar até os mais cépticos.
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