quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

CRONICA - STATUS QUO | Piledriver (1972)

 

Aqui ficam já dois discos que a Status Quo deixou a psicodelia do Rock que lhes valeu o primeiro sucesso (e o único que terão nos Estados Unidos) para um Hard Rock Boogie Woogie. Mas o molho não pegou o público e tanto Ma Kelly's Greasy Spot quanto Dog Of Two Head venderam mal. O quarteto então mudou de gravadora e assinou com a Vertigo, mais à vontade na produção de Hard Rock (eles têm Uriah Heep e Black Sabbath sob sua proteção), para produzir aquele que seria seu quinto álbum, aquele que mudaria tudo. : PiledriverSão os meios que melhor fazem jus ao seu estilo? Melhor promoção? Ou apenas uma questão de tempo? De qualquer forma, o álbum será um grande sucesso, impulsionando o Status Quo entre os headliners do rock inglês.

Os vocais são divididos igualmente entre Francis Rossi e Rick Parfitt. Três para cada e uma cantada em uníssono. Alan Lancaster, ele só ficará satisfeito com um, mas não menos importante, como veremos em breve. O álbum começa com a alegre e animada "Don't Waste My Time" e continua com a inebriante "Oh Baby". Dois títulos que, se não se tornaram sucessos pelo sucesso comercial, sem dúvida ganharam o título de clássicos em concerto. Encontramos essa força para nos oferecer ritmos binários que nos fazem acenar, solos melódicos e linhas vocais de uma classe tranquila contrastando com o lado musculado da música. O grupo então surpreende com a balada “A Year”. Com seus arpejos cristalinos e sua potência crescente durante o solo, é óbvio que o grupo tenta ali compor sua "Stairway To Heaven". O exercício foi bem-sucedido? Sim, e para além da influência dos Led Zeppelin encontraremos também a dos Beatles ao nível dos coros e de certas escolhas melódicas.

Depois de uma balada bastante agradável entre solos de Blues e melodias Pop/Rock à la George Harrison (“Unspoken Words”), o grande som recomeça com “Big Fat Mama”, os seus riffs cativantes e sobretudo o seu instrumento quase neoclássico quebram antes do hora. Se foi um pouco destronado pelos sucessos que se seguiram, "Paper Plane" mostra-se um sólido e robusto título de Boogie Hard que prefigura "Caroline" e outros. A faixa se tornaria o primeiro top 10 da banda desde 'Ice In The Sun' de 1968 e é justo dizer que foi seu sucesso que relançaria a carreira de Status Quo. Sem ser extraordinária, a delicada balada "All The Reasons" prepara-nos para a apoteose do álbum, a capa de "Roadhouse Blues" dos Doors. Este título Boogie que havia mostrado ao grupo o caminho a seguir e seu estilo definitivo e aqui,

Paper Plane vendeu muito bem, por mais surpreendente que possa ter parecido na época (nº 5 na Grã-Bretanha enquanto nenhum álbum do grupo havia sido classificado – mesmo fracamente – até então). Inaugurou uma era de sucesso fenomenal e uma reputação de Status Quo que nunca mais falharia. Mas o melhor ainda estava para vir.

Títulos:
1. Don’t Waste My Time
2. Oh Baby
3. A Year
4. Unspoken Words
5. Big Fat Mama
6. Paper Plane
7. All the Reasons
8. Roadhouse Blues

Músicos:
Francis Rossi: Vocais, guitarra
Rick Parfitt: Vocais, guitarra, órgão, piano
Alan Lancaster: Baixo, vocais
John Coghlan: Bateria
+
Bob Young: Gaita (8)
Jimmy Horowitz: Piano (8)

Produção: Status Quo


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