quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

GRAVETOS & BERLOQUES (THE HEAVY)

 














E a The Heavy segue, após um longo hiato de 4 anos, com seu mix de gêneros, sempre muito bem liquidificados e responsável por sua sonoridade única. E desta vez com um trabalho tão inspirado quanto seu álbum de 2009, o destruidor 'The House That Dirt Built'. 
Para ouvir no volume máximo e sair quicando pela sala totalmente enfumaçado!





Este recém desenformado 'The Glorious Dead' é o tão aguardado (ao menos por mim!) sucessor de 'The House That Dirt Built', o álbum que há 3 anos catapultou estes ingleses de Barth para muito além das fronteiras do reduto indie. Aqui, ao contrário de seu predecessor, não ocorreram avanços relevantes na sonoridade da banda. As referências continuam as mesmas, valendo tudo que estiver situado entre r&b e Morriconne. Mantém-se também azeitada a mistura da guitarra fuzzy de Dan Taylor com o refinado gogó de Kelvin Swaby. Os V.U. acima do limite também marcam presença, embora agora mais comportados. A princípio, pode parecer ser mais do mesmo mas, em se tratando de The Heavy, estamos falando de uma identidade sonora muito particular. Então...mais uma dose? É claro que eu tô a fim. Vocês não?






Quem me conhece sabe que sou um adicto em seriados, daqueles que assiste ao menos destes diariamente. E foi ao iniciar a nova temporada de um bom seriado, 'Strike Back', que a canção de abertura me pegou de jeito. Daí para descobrir que aquele tema matador chamava-se 'Short Change Hero' e chegar ao álbum 'The House That Dirt Built', lançado em 2009 por uma banda de Bath, UK, chamada The Heavy não foi muito difícil -ah...se eu tivesse esta facilidade de acesso em minha adolescência! Minha perspectiva mais otimista, no entanto, era que, baixado o álbum, apenas aproveitaria esta única canção -com muita sorte, mais 1 ou 2- em algum de meus inúmeros CDs do tipo 'saco de gatos' para ouvir no carro e mais nada. No entanto, esse combo formado por Kelvin Swaby (vocais), Dan Taylor (guitarras/vocais), Hannah Collins (teclados/vocais), Spencer Page (baixo) e Chris Ellul (bateria) e seu mix de r&bcountrysoulbeat, bluesreggae e punk é tão contagiante que a cada audição tornava-se mais difícil retirar a bolachinha do play. Após uma largada punk com a contagiante 'Oh No! Not You Again!!!' passeia-se por todo o espectro dos últimos 40 anos na música pop como estivéssemos em um caleidoscópio rítmico e harmônico. Assustaram-se com a mistureba? Não tenham receio pois a incrível capacidade de obter unidade estilística -seja devido ao gogó diferenciado de Swaby ou às matizes sonoras estouradas ou ainda pelo uso criativo de samples- faz com que nada soe derivativo.
A partir de então, pesquei pela rede tudo o que pude sobre a banda, chegando à magistral estreia dois anos antes com 'Great Vengeance And Furious Fire' e alguns bônus com singles e quetais, e me penalizei com centenas de chibatadas por não tê-los conhecido antes.
Ainda assim, vale um alerta: contra-indicado aos puristas mais xiitas.



MUSICA&SOM









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