Mais uma parte da série que já iniciei ,falarei de mais alguns integrantes de bandas famosas que acabaram saindo do radar do grande circuito da música ou estão agora a trabalhar em outras bandas ou projetos menores.
Achim Kirschning (ex-tecladista do Scorpions)
Pouca gente se lembra que o Scorpions no início de sua carreira teve um tecladista como membro oficial. Achim Kirschning esteve na banda entre 1974 e 1975, além de participar de uma tour em 1977. Ele gravou teclados para os discos Fly to the Rainbow [1974] e In Trance [1975]. Depois disso, ele ainda passou pela banda Black Angel e pela banda progressiva Serene (do qual lançou um disco em 1979) até se aposentar da música em 1982. Depois disso, o alemão passou a se dedicar a educação e se formou em Matemática. Se tornou diretor de uma escola na Alemanha e também deu aulas e pequenos concertos de piano e teclado.
Tony Carey (ex-tecladista do Rainbow)
Após ouvir alguns materiais do tecladista, Ritchie Blackmore o convidou para integrar o Rainbow em 1977 e com isso lançaram o aclamadíssimo álbum Rising [1976]. Ele conta que se dava muito bem com Dio, mas que durante a tour, sempre teve problemas de relacionamento com o sempre complicado Blackmore. De acordo com Carey, o guitarrista o demitiu e o recontratou diversas vezes até que ele saiu em definitivo após o fim da turnê em 1977.
Tony então se dedicou principalmente à sua carreira solo tendo lançado diversos álbuns (diversos mesmo!) sob o seu nome tocando um estilo mais AOR e sob o nome Planet P Project em um estilo mais progressivo. Tony ainda se mantém na música tocando e participando como convidado em algumas bandas, montou a banda Over the Rainbow com o filho de Blackmore como guitarrista e outros ex-membros para fazerem shows. No ano passado, ainda tocou na banda Mandoki Soulmates, projeto de Leslie Mandoki, aquele ex-cantor e dançarino da famosa banda de disco music Dschingis Khan e seu hit “Moskau” (o cara de verde dançando aqui), só que mais focada numa mistura de AOR com jazz rock.
Mark Evans (ex- baixista do AC/DC)
Mark Evans tinha 19 anos quando foi indicado pelo seu amigo e roadie da banda aos irmãos Young em 1975, após a saída de Rob Bailey. Ele gravou três álbuns de muito sucesso com o AC/DC que são T.N.T. [1975], Dirty Deeds Done Dirt Cheap [1976] e Let There be Rock [1977].
Ao final de 1977, após uma tour na Alemanha, ele recebeu o comunicado que estava sendo demitido da banda. Evans disse que a banda se reuniu junto ao empresário sem ele um dia antes da demissão e que decidiram ali. Pouco tempo depois, Bon Scott disse que eles preferiram contratar Cliff Williams pelo fato dele ter mais experiência tocando baixo e Angus Young disse que eles precisavam de um baixista que também fizesse backing vocals. Já Evans disse que ele nunca teve uma relação amistosa com Angus Young e que já imaginava que não iria durar muito tempo com eles.
Aos trancos e barrancos, Mark Evans foi levando a vida de músico passando por várias bandas que não deram certo tais como o Finch (futura Contraband), Heaven e The Headhunters. Até que em 2017 ele se juntou aos também australianos do Rose Tattoo, banda em que ainda permanece nos dias de hoje.
Ian Bairnson (ex-guitarrista e tecladista do The Alan Parsons Project)
Foi o guitarrista principal do The Alan Parsons Project junto a vários outros músicos nos seus muitos discos de estúdio entre 1975 e 1990. O escocês, por sinal, gravou guitarras em todos os discos do projeto.
Além disso, Bairnson gravou as guitarras de quatro discos da cantora Kate Bush e integrou a banda de soft rock Pilot que lançou muitos discos na década de 70. Com o fim do Alan Parsons Project, Ian Bairnson trabalhou como guitarrista de estúdio e de excursão para diversos artistas até que se mudou para a Espanha em 2003 e abriu um estúdio de gravação. Voltou para a Escócia em 2013 e reviveu o Pilot por um curto período no aniversário de 40 anos da banda em 2014. Casou-se há algum tempo com uma brasileira e ainda vive na Escócia trabalhando como guitarrista de estúdio.
Willy Daffern (ex-vocalista do Captain Beyond)
Após Rod Evans (ex-Deep Purple) sumir (voltar com o fake Deep Purple e sumir de vez), o Captain Beyond tinha se reunido para lançar seu último terceiro disco. Então escolheram o vocalista Willy Daffern que assumiu o posto de Evans para o lançamento de Dawn Explosion [1977].
A recepção da crítica foi ruim, o disco vendeu pouco, as drogas atrapalhavam o andamento interno da banda e o público também era baixo nos shows, então a banda se dissolveu em 1978. Willy gravou um disco com o Pipedream em 1979 e outro com a banda G-Force, de Gary Moore, em 1980. Lançou também um disco solo em 1983 sob o nome Willie Dee chamado Abrupt Edge, que aliás só existe em vinil e nunca foi lançado em cd. Willy ficou um tempo sumido mas retornou à música recentemente com duas bandas, uma chamada Zoomlenz (hard rock) e outra chamada Rainbow Fire (space rock), esta última acabando de lançar um disco chamado Nuclear Sky [2020].
Sem comentários:
Enviar um comentário