segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Resenha: Derek Sherinian – Oceana


A carreira solo do tecladista Derek Sherinian começou há vinte e quatro anos, após sua saída dos Dream Theater, e se manteve ativa mesmo com trabalhos em outras bandas durante esse período – como o Black Country Communion e a banda de apoio de Yngwie Malmsteen.

Oceania (2011) é mais um lançamento de qualidade desta carreira homogênea, a começar pela sua bela capa e pelos nomes de peso que o gravaram ao lado de Derek. Joe Bonamassa, Tony MacAlpine, Steve Lukather, Steve Stevens e Doug Aldrich se revezam nas guitarras, Simon Phillips é o baterista, e Jimmy Johnson e Tony Franklin são os baixistas.

Derek, como sempre, permite aos músicos convidados que mostrem seus talentos, sem tentar sobressair-se a eles. Característica esperada de quem tem trabalhos com vários artistas em seu currículo.

As músicas, todas instrumentais, lembram os discos fusion de Jeff Beck, mesclando rock e jazz, com andamentos e pegadas que variam conforme o guitarrista convidado de cada faixa.

‘Five Elements’ e ‘Mercury 7’ são as faixas mais vibrantes e contam com a eletrizante presença de Tony MacAlpine. O fusion citado fica bem evidente nas composições tocadas por Steve Lukather (do Toto): ‘Mulholand’ e ‘Euphoria’. ‘Ghost Runner’ mostra o estilo floreado de Steve Stevens (Billy Idol).

Há espaço também para levadas cheias de swing, em ‘I Heard That’, e para o hard rock, em ‘Seven Sins’.

Para se apreciar o talento do próprio Derek como instrumentista, a melhor recomendação é ouvir com atenção o solo de piano em ‘Five Elements’. Mas, na verdade, seu maior talento foi reunir esses virtuosos convidados em participações especiais que merecem uma conferida.



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