Nada parece parar o Testament. Mesmo não tão celebrada quanto seus companheiros da Bay Area, a banda tem uma das discografias mais sólidas do Thrash Metal, e nos últimos anos se encontra em grande fase. 4 anos após o espetacular Brotherhood Of The Snake (2016), o disco acaba coincidindo com a pandemia do COVID-19, que infelizmente afligiu o vocalista Chuck Billy e sua família. Quase como uma trilha sonora para esses tempos, Titans Of Creation não decepciona.
A formação atual da banda é algo sensacional. Além dos onipresentes Chuck Billy e Eric Peterson, temos de volta o guitarrista Alex Skolnick, o virtuose do baixo Steve Di Giorgio e o alienígena Gene Hoglan na batera, no que é, tecnicamente, o time mais espetacular da história do Testament. Essa combinação explosiva gera o legítimo Thrash moderno, com o equilíbrio perfeito entre peso e melodia.
“Children Of The Next Level” já abre os trabalhos em grande estilo, com passagens intrincadas e sublimes solos duelados de Skolnick/Peterson. Os pesadíssimos Riffs combinam-se com um forte senso melódico, gerando refrãos extremamente marcantes como “Dream Deceiver” e “City Of Angels”, a música mais trabalhada do disco.
Além da óbvia maestria técnica dos instrumentistas, Chuck Billy mostra muita segurança nos vocais, experimentando até com uma voz rasgada à la Black Metal em “Night Of The Witch”, com uma claríssima influência do Metal Extremo, que é para mim a melhor faixa do álbum. Também merecem destaque a sincopada “Ishtar’s Gate” e “Code Of Hammurabi”, onde Di Giorgio praticamente encarna Cliff Burton nas quatro cordas.
Com Titans Of Creation, o Testament segue dando uma aula de Thrash Metal, num disco que com certeza figura entre os melhores do ano. Os TITÃS seguem em seu esplendor criativo!
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