terça-feira, 31 de janeiro de 2023

CRONICA - ROXY MUSIC | Flesh + Blood (1980)

 

Roxy Music fez um retorno notável no final dos anos 70, redescobrindo o sucesso que tinham antes de sua separação. Em contrapartida, o grupo aumentou ainda mais o controle deslizante Pop, já iniciado em Siren . Mas se Ferry, Mackay e Manzanera estão dispostos a ir ainda mais longe nessa direção, não é do agrado de Paul Thompson. O baterista decide não continuar a aventura (ele se juntará brevemente a Gary Moore e depois a Concrete Blonde) e será substituído por músicos de estúdio. Flesh + Blood vai assim apresentar um grupo cada vez mais lambido e cada vez mais dançante. Primeiro para o grupo, o álbum apresenta duas capas adaptadas ao molho Roxy.

É justamente um deles que abre a bola. Não é particularmente fácil reconhecer "In The Midnight Hour", o lendário hit Soul de Wilson Pickett. Ferry transforma essa pequena fúria em um agradável coquetel mid-tempo. Enquanto alguns arranjos 'artísticos' permanecem (principalmente as guitarras), o essencial é super polido (a seção rítmica, o saxofone) para oferecer um cenário perfeito para a voz do crooner do cantor. Um pouco sábio, dirão alguns, muito agradável, outros retrucarão. A balada "Oh Yeah" nos traz de volta ao super polido "Dance Away" do álbum anterior sem ser um copy-paste. Sim, é claro que o aspecto vanguardista e extravagante dos primórdios ficou para trás e que agora se trata da música para a noite chique. A propósito, falando em chique, não há como negar que a banda homônima de Nile Rodgers influenciou Ferry em seus arranjos rítmicos nítidos e dançantes para a bela "Same Old Scene". Uma faixa que inspirou muitas bandas da New Wave que se seguiram (Duran Duran, Talk Talk, Frankie Goes To Hollywood…) e é uma das melhores dos anos 80 em termos de faixas disco pop. A atmosférica "Flesh And Blood" vai ainda mais longe no lado New Wave, indo até abertamente para o lado Synth Pop. Pensamos em Gary Newman, mas com uma voz aveludada. Frankie Goes To Hollywood…) e que é um dos melhores títulos dos anos 80 em termos de disco Pop. A atmosférica "Flesh And Blood" vai ainda mais longe no lado New Wave, indo até abertamente para o lado Synth Pop. Pensamos em Gary Newman, mas com uma voz aveludada. Frankie Goes To Hollywood…) e que é um dos melhores títulos dos anos 80 em termos de disco Pop. A atmosférica "Flesh And Blood" vai ainda mais longe no lado New Wave, indo até abertamente para o lado Synth Pop. Pensamos em Gary Newman, mas com uma voz aveludada.

A atrevida "My Only Love" é outro destaque do álbum com esta linha de baixo cativante e simples, seus arranjos muito elaborados, sua linha melódica mais pura, tudo aumentando de intensidade para o solo de Phil Manzanera e depois para o de Andy Mackay. Um dos títulos essenciais do período Roxy Music Pop, senão o auge do estilo. Depois disso, "Over You" e seu lado retrô dos anos sessenta com sons dos anos oitenta parecem mais anedóticos, embora não sejam desagradáveis. Se foi difícil reconhecer "In The Midnight Hour", "Eight Miles High" dos Byrds está simplesmente irreconhecível aqui. Um ritmo disco chique e arranjos substituem os sons psicodélicos e indianos do original. Alguns vão chorar lèse-majesté, mas devemos reconhecer a Roxy Music não só para não reproduzir o que já existia, mas sobretudo para se apropriar da peça fazendo uma versão igualmente digna de interesse. Apreciaremos tanto a cativante "Rain, Rain, Rain" com arranjos tão ricos quanto puros e hipnóticos. Apesar de uma linha de baixo sedutora e do retorno do oboé de Mackay, "No Strange Delight" é menos marcante mesmo que ainda extremamente bem produzida e um pouco mais aventureira. Pelo contrário, o final mais Pop do que New Wave na balada "Running Wild" acaba por ser bastante clássico. Ainda seremos mimados pelo solo de Manzanera. Rain” com arranjos tão ricos quanto minuciosos e hipnóticos. Apesar de uma linha de baixo sedutora e do retorno do oboé de Mackay, "No Strange Delight" é menos marcante mesmo que ainda extremamente bem produzida e um pouco mais aventureira. Pelo contrário, o final mais Pop do que New Wave na balada "Running Wild" acaba por ser bastante clássico. Ainda seremos mimados pelo solo de Manzanera. Rain” com arranjos tão ricos quanto minuciosos e hipnóticos. Apesar de uma linha de baixo sedutora e do retorno do oboé de Mackay, "No Strange Delight" é menos marcante mesmo que ainda extremamente bem produzida e um pouco mais aventureira. Pelo contrário, o final mais Pop do que New Wave na balada "Running Wild" acaba por ser bastante clássico. Ainda seremos mimados pelo solo de Manzanera.

Grande sucesso que abriu caminho para Duran Duran (que nunca hesitará em reconhecer sua influência), Flesh + Blood é provavelmente o melhor álbum da Roxy Music dos anos 80. Um senso meticuloso de arranjos lisos e sutis, uma produção com um som enorme, composições comerciais sem deixar de ser originais e um nível bastante constante do início ao fim. A sequência acabaria sendo um pouco mais doce, apesar da qualidade, para vendas ainda maiores. Mas isso é outra história…

Títulos:
1. In The Midnight Hour
2. Oh Yeah
3. Same Old Scene
4. Flesh And Blood
5. My Only Love
6. Over You
7. Eight Miles High
8. Rain Rain Rain
9. No Strange Delight
10. Running Wild

Músicos:
Bryan Ferry: Vocais, Teclados
Phil Manzanera: Guitarra, Baixo (6)
Andy Mackay: Saxofone, Oboé
+
Paul Carrack: Teclados
Neil Hubbard: Guitarra
Alan Spenner: Baixo (3-5,8,10)
Neil Jason: Baixo ( 2,7,9)
Gary Tibbs: Baixo (1)
Allan Schwartzberg: Bateria (1-3,6-10)
Andy Newmark: Bateria (4.5)

Produtor: Rhett Davies & Roxy Music


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