Ter-te em mim mas sem perfume
Queimado, queimado lume
Fogueira agora apagada
Cinza que foi chama ardente
Cinza dum amor ausente
Cinza apenas e mais nada
O calor que outrora deste
A chama que me acendeste
Para te cantar este fado
É hoje cinza apagada
Cinza, terra, pó e nada
E um sabor triste a pecado
E esse fim que julgo ter
Neste triste anoitecer
Sem luar e sem estrelas
São auroras doutros dias
Ainda mais tristes e frias
Porque já não posso vê-las
Queimado, queimado lume
Fogueira agora apagada
Cinza que foi chama ardente
Cinza dum amor ausente
Cinza apenas e mais nada
O calor que outrora deste
A chama que me acendeste
Para te cantar este fado
É hoje cinza apagada
Cinza, terra, pó e nada
E um sabor triste a pecado
E esse fim que julgo ter
Neste triste anoitecer
Sem luar e sem estrelas
São auroras doutros dias
Ainda mais tristes e frias
Porque já não posso vê-las
Sempre será a vida
Alexandrina Pereira / Alberto Correia *fado solene*
Repertório de Deolinda de Jesus
As palavras que chegaram
Ao livro por escrever
Todas elas me chamaram
Ao sonho do meu viver
Nas páginas onde deixei / As promessas por cumprir
E nas frases que inventei / Um mundo por descobrir
E assim fui inventando / Os meus sonhos e os meus dias
Nessas folhas fui deixando / Tristezas e alegrias
Sempre assim será a vida / Como um livro inacabado
E em cada hora vivida / É escrever o nosso fado
Repertório de Deolinda de Jesus
As palavras que chegaram
Ao livro por escrever
Todas elas me chamaram
Ao sonho do meu viver
Nas páginas onde deixei / As promessas por cumprir
E nas frases que inventei / Um mundo por descobrir
E assim fui inventando / Os meus sonhos e os meus dias
Nessas folhas fui deixando / Tristezas e alegrias
Sempre assim será a vida / Como um livro inacabado
E em cada hora vivida / É escrever o nosso fado
Para um fado de Coimbra
António Calém / Alvaro Duarte Simões *meia noite e uma guitarra*
Repertório de Fernando Gomes
Se choras de pura mágoa
Junto à linha do horizonte
Chora como as gotas de água
Que vão caindo da fonte
Com elas dá vida à terra
Dá frescura a toda a gente
Sê como o gesto que encerra
O lançar duma semente
Que a semente há-de dar sombra
No andar de mil estradas
Mas que não saibam que a sombra
Vem de lágrimas choradas
Repertório de Fernando Gomes
Se choras de pura mágoa
Junto à linha do horizonte
Chora como as gotas de água
Que vão caindo da fonte
Com elas dá vida à terra
Dá frescura a toda a gente
Sê como o gesto que encerra
O lançar duma semente
Que a semente há-de dar sombra
No andar de mil estradas
Mas que não saibam que a sombra
Vem de lágrimas choradas
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