quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

FERNANDO TORDO CELEBRA 50 ANOS DE 'TOURADA' COM CONCERTOS EM LISBOA E NO PORTO


Dia 26 de fevereiro no Teatro Tivoli e a 11 de março na Casa da Música.

Fernando Tordo vai celebrar os 50 anos da canção 'Tourada' com dois espetáculos especiais em Lisboa e no Porto. No dia 26 de fevereiro, o músico atua no Teatro Tivoli, em Lisboa. A 11 de marçoFernando Tordo sobe ao palco da Casa da Música, na cidade do Porto

"Em 2023, uma das músicas mais importantes da minha vida faz 50 anos! E que viagem bonita tem sido...", escreveu o cantor nas redes sociais quando anunciou os dois espetáculos. "Vão ser dois concertos em que vou poder contar com amigos de longa data e convidados especiais mas, acima de tudo, com o público que tanto gosto e que sempre me acolheu de braços abertos", lê-se ainda na publicação nesta terça-feira. Os bilhetes para ambos os concertos estão à venda nos locais habituais. 


'Tourada' foi a canção que venceu o Festival da Canção de 1973, um ano antes do 25 de Abril, acabando por se tornar num marco cultural que escapou à censura do Estado Novo. Fernando Tordo compôs a música que serviu a letra de Ary dos Santos. A orquestração ficou nas mãos de Pedro Osório.

"A 26 de fevereiro de 1973, Fernando Tordo subia ao palco do Teatro Maria Matos, em Lisboa, para apresentar pela primeira vez ao vivo a canção 'Tourada'. Com música da sua autoria, letra do lendário Ary dos Santos e orquestração de Pedro Osório, o tema era um dos candidatos ao X Grande Prémio TV da Canção Portuguesa, hoje conhecido como Festival da Canção, que tinha como propósito eleger a música que iria representar Portugal na Eurovisão. A canção acabou por se sagrar vencedora do certame. Mas, na altura, letrista, orquestrador, compositor e intérprete estavam longe de imaginar a "revolução" que 'Tourada'  iria gerar e o marco cultural em que se iria transformar, algo que se mantém até aos dias de hoje, cinco décadas volvidas", diz o comunicado que chegou à redação. 

"Escrita no final de 1972, 'Tourada' tem uma letra bem mais profunda e necessária no Portugal de então, longe de ser uma "simples" canção de teor satírico/tauromáquico, mas cuja real mensagem a censura vigente na época não conseguiu entender. A canção passou incólume pelo chamado "lápis azul" e só depois da vitória no festival gerou polémica, após se perceber que era claramente uma metáfora, uma crítica acutilante ao regime político e social vigentes e ao snobismo e hipocrisia da sociedade, em que se comparava o ambiente da tourada à decrépita postura ditatorial do Estado Novo".

 

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