King Solomon Hicks é considerado uma das grandes revelações do Blues dos últimos anos! Começou a tocar guitarra com apenas 6 anos de idade, enquanto ia crescendo ouvindo, se apaixonando e aprendendo o ofício do Blues com os discos e as gravações dos grandes mestres da história do gênero.
Apesar de não ser um veterano no amplo sentido da palavra, seu currículo é invejável, pois seu talento permitiu que o rapaz já tocasse ao lado de nomes como Tony Bennett, Lee Ritenour, Bruce Springsteen, Ringo Starr, Joe Bonamassa e BB King. Por isso, Hicks já é visto como um poderoso vocalista, guitarrista, compositor e intérprete que desenvolve um som único e ao mesmo tempo novo e familiar. Um artista de Blues contemporâneo relevante, mas que honra o passado com muito carinho.
Solomon Hicks começa 2020 nos presenteando com mais uma aula de bom gosto com seu novo álbum batizado de “Harlem”, onde ele funde com muita habilidade o Blues, o Soul e o Funk de forma muito satisfatória. “I’d Rather Be Blind” inicia os trabalhos com um Bluesão contagiante, daqueles ideais pra se ouvir numa autoestrada. Em “Everyday I Have The Blues”, Hicks revisita um grande clássico do Blues injetando uma poderosa veia Funky, e o mesmo sentimento se repete na ótima faixa instrumental “Love Is Alive”, com um casamento perfeito do groove dos metais com a guitarra. Em “What The Devil Loves”, Solomon parece “baixar” o espírito do mestre BB King com uma interpretação vocal e guitarrística emocionante, que também se repete na maravilhosa “I Love You More Than You’ll Ever Know”, esta trazendo mais toques de Soul.
O Blues, assim como outros estilos, tem vivido um impressionante revival nos últimos anos, cada vez mais revelando ótimos músicos que mantém a chama do gênero sempre acesa. Diferente de outros caras contemporâneos como John Mayer, Gary Clark Jr, Joe Bonamassa e Jack White, que usam a linguagem do Blues para expressar com uma roupagem mais Pop/Rock moderna, Solomon Hicks parece ter mais pé no chão, quase como se fosse um purista do gênero, pelo menos comparado a esses outros grandes nomes do Blues atual. Por isso, “Harlem” é uma saudação sincera às raízes de Hick e ao estilo que foi sua plataforma de lançamento, e que futuramente, deve elevá-lo à fileira dos melhores jovens músicos de Blues da atualidade.
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