Os momentos nota 10 da banda Placebo
Criada em 1994 pelo vocalista e guitarrista belga Brian Molko e pelo guitarrista e baixista sueco Stefan Olsdal, a banda Placebo é considerada um dos maiores expoentes da atualidade dentro do rock alternativo, junto com Pixies, The Smashing Pumpkins, The Killers etc.
Logo após a banda ser formada, o baterista sueco Robert Schultzberg completou o trio, porém foi demitido em 1996, depois de lançamento e divulgação do primeiro álbum por divergências musicais, sendo substituído pelo britânico Steve Hewitt, que gravou os quatro discos seguintes. O americano Steve Forrest gravou os dois últimos.
O rock alternativo nasceu com bandas abertas a tantas possibilidades musicais, como o Sonic Youth, que não se enquadram em nenhum estilo preestabelecido. Concebidas com criatividade e visceralidade, “Drowning by Numbers” e “Slackerbitch” (1996) foram incluídas como bônus tracks do primeiro álbum em algumas edições.
O Placebo lançou ao todo sete álbuns: “Placebo”(1996), “Without You I’m Nothing” (1998), “Black Market Music”(2000), “Sleeping With Ghosts”(2003), “Meds”, “Battle for the Sun”(2009) e “Loud Like Love”(2013). O single “Bruise Pristine” (1995) foi o primeiro lançamento. Aqui, a versão da música regravada em 1996:
Erroneamente tida como britânica, trata-se na verdade de uma banda de rock alternativo multinacional que foi formada em Londres, na Inglaterra, por dois caras que se conheceram em Luxemburgo e cujo nome original era Ashtray Heart, trocado para Placebo um ano antes das gravações do homônimo álbum de estreia.
O segundo CD “Without You I’m Nothing” foi aclamado pela crítica e pelos fãs e é um dos melhores e mais representativos álbuns dentre todos já lançados por bandas alternativas. O hit “Every You Every Me”tocou nas rádios de quase todo o planeta e entrou na trilha sonora do igualmente marcante filme “Segundas Intenções”:
Muita coisa mudou desde que o rock and roll surgiu na década de 50 em 3 acordes ritmados por Chuck Berry, Little Richard e cia, no entanto a rebeldia e a provocação continuam sendo parte necessária deste gênero musical. Este vídeo da música “Pure Morning”, incluída também no segundo CD, de 1998, é bem ousado e surpreendente:
Lançado em 2000, “Black Market Music” é considerado um bom álbum e foi bem recebido pela crítica especializada, apesar da inevitáveis comparações com os anteriores. A canção “Without You I’m Nothing” foi incluída como bônus em algumas edições e conta com a participação camaleônica de David Bowie:
Em março de 2003, o CD “Sleeping with Ghosts” chegava às melhores lojas trazendo belos temas que falavam de tristeza e desilusão, possivelmente por causa da vida cheia de excessos levada pelo vocalista; ele confessaria ter experimentado todas as drogas. Algumas edições trouxeram bons covers de bônus, como este do The Smiths:
“Soulmates” (2003) também é outra de suas poéticas, existencialistas e rebeldes canções, cuja letra critica governos e aborda a vida eterna muito além de religiões. Aqui tem uma versão espetacular gravada ao vivo durante o festival Rock Am Ring na Alemanha, em 2009, com destaque para a voz de Brian e para o baixo de Stefan:
Não se esqueça de ouvir “Meds”
O álbum “Meds”(2006) consolidou ainda mais o Placebo como um dos mais consistentes grupos de rock internacionais da atualidade. Não é o caso de falar de virtuosismo e compará-lo com Led Zeppelin, Yes ou Pink Floyd, mas quantas são as bandas alternativas que possuem um repertório tão bom? Confira “One of a Kind”:
Este quinto trabalho dos dois bons guitarristas marcou a estreia do baterista Steve Forrest e contou ainda com dezenas de músicos eruditos. Outro vídeo impactante e que dificilmente seria produzido para outras bandas de rock famosas desta vez emoldurou perfeitamente a hipnotizante “Song to Say Goodbye”:
A letra da canção título do sexto álbum, “Battle for the Sun”(2009), diz: “I will battle for the sun” (“eu irei batalhar pelo sol”), mas parece dizer “I will battle for the son” (“eu irei batalhar pelo filho”). O papai Brian que dizia ter 20 e poucos anos mentalmente começou a abandonar os excessos e a pensar de forma mais madura.
“Eu tenho que encontrar um caminho do meio, uma maneira melhor de levar a vida”, diz a letra de “Bright Lights”, dando a entender que o vocalista já não dava mais tanta importância à tríade, sexo, drogas e rock and roll, e passava a buscar o famoso equilíbrio das paixões pregado por grandes sábios, como Buda e Aristóteles.
O nascimento do filho de Molko impactou fortemente a vida do vocalista, e suas composições passaram a refletir menos paranóias existenciais do ego de um rock star e mais preocupações com o mundo que deixaremos para a próxima geração: “Nós podemos construir um novo amanhã hoje”, diz em “Speak in Tongues”:
“Loud Like Love” (2013) é um dos melhores trabalhos do Placebo, embora parte da crítica tenha torcido o nariz naquele ano. Abaixo, você vai se emocionar com uma das mais extraordinárias versões da linda “Exit Wounds”, que viaja por errôneas porém sentimentalmente sinceras alternativas trágicas para uma desilusão amorosa.
A ótima “Purify”também está presente no subestimado álbum “Loud Like Love” e conta com outro video pra lá de polêmico envolvendo religião e sexualidade, contudo esta versão com os caras mostrando serviço tocando de verdade e suando a camisa (a camiseta e a regata também) é insuperável, não concorda?
“Scene of the Crime” está no mesmo álbum de 2013:
Outra bonita canção de “Loud Like Love” é “A Million Little Pieces”:
Desde o início, o rock tem em sua essência a defesa da liberdade: “Eu não sou comunista: tenho inclinações socialistas, mas não acredito que o comunismo funcione, numa versão puramente marxista, porque baseia-se na ideia de que todas as pessoas são boas, e eu não acredito que seja assim”, esclareceu Molko.
“Eu cresci ouvindo música de protesto, Bob Dylan. Quando era adolescente, aquela rebelião foi muito importante para mim. É boa a ideia do Placebo ter ultrapassado toda a sexualidade, a maquilhagem e isso tudo, para agora fazer canção de protesto. É uma canção anti-autoritária, anti-governo”, disse Brian.
“Trigger Happy Hands” pode ser um marco e espelhar mudança significativa de paradigma na direção musical do Placebo: em vez de abuso de drogas, rebeldia sem causa, autodestruição e suicídio, temas lamentavelmente interessantes para jovens do século 21, a ideia de canalizar a raiva contra políticos e a guerra.
O Placebo lançou ao todo sete álbuns: “Placebo”(1996), “Without You I’m Nothing” (1998), “Black Market Music”(2000), “Sleeping With Ghosts”(2003), “Meds”, “Battle for the Sun”(2009) e “Loud Like Love”(2013). O single “Bruise Pristine” (1995) foi o primeiro lançamento. Aqui, a versão da música regravada em 1996:
Erroneamente tida como britânica, trata-se na verdade de uma banda de rock alternativo multinacional que foi formada em Londres, na Inglaterra, por dois caras que se conheceram em Luxemburgo e cujo nome original era Ashtray Heart, trocado para Placebo um ano antes das gravações do homônimo álbum de estreia.
O segundo CD “Without You I’m Nothing” foi aclamado pela crítica e pelos fãs e é um dos melhores e mais representativos álbuns dentre todos já lançados por bandas alternativas. O hit “Every You Every Me”tocou nas rádios de quase todo o planeta e entrou na trilha sonora do igualmente marcante filme “Segundas Intenções”:
Em março de 2003, o CD “Sleeping with Ghosts” chegava às melhores lojas trazendo belos temas que falavam de tristeza e desilusão, possivelmente por causa da vida cheia de excessos levada pelo vocalista; ele confessaria ter experimentado todas as drogas. Algumas edições trouxeram bons covers de bônus, como este do The Smiths:
“Soulmates” (2003) também é outra de suas poéticas, existencialistas e rebeldes canções, cuja letra critica governos e aborda a vida eterna muito além de religiões. Aqui tem uma versão espetacular gravada ao vivo durante o festival Rock Am Ring na Alemanha, em 2009, com destaque para a voz de Brian e para o baixo de Stefan:
Não se esqueça de ouvir “Meds”
O álbum “Meds”(2006) consolidou ainda mais o Placebo como um dos mais consistentes grupos de rock internacionais da atualidade. Não é o caso de falar de virtuosismo e compará-lo com Led Zeppelin, Yes ou Pink Floyd, mas quantas são as bandas alternativas que possuem um repertório tão bom? Confira “One of a Kind”:
Este quinto trabalho dos dois bons guitarristas marcou a estreia do baterista Steve Forrest e contou ainda com dezenas de músicos eruditos. Outro vídeo impactante e que dificilmente seria produzido para outras bandas de rock famosas desta vez emoldurou perfeitamente a hipnotizante “Song to Say Goodbye”:
A letra da canção título do sexto álbum, “Battle for the Sun”(2009), diz: “I will battle for the sun” (“eu irei batalhar pelo sol”), mas parece dizer “I will battle for the son” (“eu irei batalhar pelo filho”). O papai Brian que dizia ter 20 e poucos anos mentalmente começou a abandonar os excessos e a pensar de forma mais madura.
“Eu tenho que encontrar um caminho do meio, uma maneira melhor de levar a vida”, diz a letra de “Bright Lights”, dando a entender que o vocalista já não dava mais tanta importância à tríade, sexo, drogas e rock and roll, e passava a buscar o famoso equilíbrio das paixões pregado por grandes sábios, como Buda e Aristóteles.
O nascimento do filho de Molko impactou fortemente a vida do vocalista, e suas composições passaram a refletir menos paranóias existenciais do ego de um rock star e mais preocupações com o mundo que deixaremos para a próxima geração: “Nós podemos construir um novo amanhã hoje”, diz em “Speak in Tongues”:
“Loud Like Love” (2013) é um dos melhores trabalhos do Placebo, embora parte da crítica tenha torcido o nariz naquele ano. Abaixo, você vai se emocionar com uma das mais extraordinárias versões da linda “Exit Wounds”, que viaja por errôneas porém sentimentalmente sinceras alternativas trágicas para uma desilusão amorosa.
“Scene of the Crime” está no mesmo álbum de 2013:
Outra bonita canção de “Loud Like Love” é “A Million Little Pieces”:
Desde o início, o rock tem em sua essência a defesa da liberdade: “Eu não sou comunista: tenho inclinações socialistas, mas não acredito que o comunismo funcione, numa versão puramente marxista, porque baseia-se na ideia de que todas as pessoas são boas, e eu não acredito que seja assim”, esclareceu Molko.
“Eu cresci ouvindo música de protesto, Bob Dylan. Quando era adolescente, aquela rebelião foi muito importante para mim. É boa a ideia do Placebo ter ultrapassado toda a sexualidade, a maquilhagem e isso tudo, para agora fazer canção de protesto. É uma canção anti-autoritária, anti-governo”, disse Brian.
“Trigger Happy Hands” pode ser um marco e espelhar mudança significativa de paradigma na direção musical do Placebo: em vez de abuso de drogas, rebeldia sem causa, autodestruição e suicídio, temas lamentavelmente interessantes para jovens do século 21, a ideia de canalizar a raiva contra políticos e a guerra.
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