sábado, 7 de janeiro de 2023

Resenha - Apocalypse – Live In Rio


Banda: Apocalypse
Disco: Live In Rio
Ano: 2006
Selo: Rock Symphony/Musea
Tipo: Ao Vivo

Faixas:
1. Cut – 7’27
2. South America – 8’30
3. Refuge – 5’05
4. Mirage – 4’40
5. Blue Earth – 7’57
6. Magic – 5’47
7. Waterfall Of Golden Waters – 9’05
8. Tears – 5’39
9. Time Traveller – 4’37
10. Coming From The Stars Medley – 6’36
Including:
Limites De Vento
Fantasia Mística
Último Horizonte
Notre Dame
11. Peace In The Loneliness – 7’14

Integrantes:
Gustavo Demarchi – voz e flauta
Eloy Fritsch – teclados
Ruy Fritsch – guitarra
Magoo Wise – baixo
Chico Fasoli – bateria

Resenha:
1. Cut
A introdução do show com a música ‘Cut’ e a guitarra de Ruy não podia ser mais Pink Floyd, bem aos moldes de ‘Wish You Were Here’ com os teclados de Eloy fazendo o caminho melódico.
Quando Gustavo começa a cantar não se pode esconder a influência de Marillion no som da banda. O ataque dos sintetizadores de Eloy são sentidos logo no começo, um cortante ataque musical.
Logo após a primeira parte da música é a vez de ouvirmos a porção 70’s da banda, incluindo excelentes linhas do baixista Magoo.

2. South America
Na sequência direta temos ‘South America’ com sua ótima introdução de teclados e baixo à frente.
A dinâmica de Chico Fasoli pode ser sentida logo no início, tudo isso acompanhado dos ótimos riffs da banda.
Pouco mais da metade do segundo minuto se passou, é a vez de Gustavo tomar as rédeas da melodia, normalmente, quando as banda se vêem obrigadas a trocar de vocalista, elas não conseguem achar alguém a altura, ou simplesmente o novo vocal não encaixa no estilo da banda. Gustavo se encaixou perfeitamente no som da banda, sem contar que o cara tem um grande vocal.
A melodia ousada do tema dá vazão ao baixo encarar linhas bem complexas.
Outro que não deixa a desejar é o guitarrista Ruy, o qual nos brinda com excelente linha de guitarra e solo.
É um tema imponente e envolvente.

3. Refuge
Com os cumprimentos de Gustavo ao público Magoo inicia um tema que me lembrou Emerson, Lake & Palmer, e em seguida o vocalista engrandece a faixa com linhas de flauta bem tocadas, mas nada de cópias de Ian Anderson (Jethro Tull) o que é muito comum, estão mais pra Camel.
Os vocais ora em falsete, ora em ataques violentos entram em conflito emocional, enquanto os sempre presentes sintetizadores fazem o ‘trabalho sujo’ trabalhando na melodia principal.

4. Mirage
Uma curta apresentação e o som espacial toma conta dos fones, Chico dá uma aula de percussão nos pequenos detalhes.
Após uma parte de teclados a banda volta com um tema forte, cavalgado, pulsante.
Os vocais de Gustavo sempre marcantes ficam extremamente bem casados no som da banda.

5. Blue Earth
‘Blue Earth’ começa como uma bonita balada ao piano, a guitarra de Ruy também ajuda a compor a melodia no início, por vezes trabalhando junto com os teclados de Eloy.
Na segunda parte da canção Magoo constrói uma ótima linha de baixo, que acabo junto com a guitarra, que daí pra frente ‘toma conta’ da melodia, pelo menos até que o piano volte à cena.

6. Magic
‘Magic’ tem ares de Neo Prog, por parte anunciadas com os sintetizadores, mas o que vem a seguir não seria tão esperado assim, uma quebradeira por parte de Chico e um solo poderoso de Ruy.
A melodia vocal ‘acalma’ a fera e a banda volta bucólica. A musicalidade está ali, os sintetizadores enlouquecem, a banda acelera novamente, e de repente temos, praticamente, um instrumental sendo tocado com 4 partes diferentes, cada instrumento segue uma linha apesar de buscar um som comum.

7. Waterfall Of Golden Waters
Parte rítmica pulsante, veias sonoras abertas, é assim que imaginei o cenário inicial de ‘Waterfall Of Golden Waters’.
A sempre ‘solante’ guitarra está presente durante todo o tema, bem como os sintetizadores que de repente aparecem.
Uma bela melodia vocal completa o time das possibilidades, com o tema complexo, e por vezes ‘alegre’ que volta lá pelo quinto minuto de música.
No decorrer do tema a banda vai se auto repetindo em seus próprios temas com certa propriedade até chegarmos ao segundo final ao som do vocal de Gustavo.

8. Tears
Os sintetizadores nesse início fazem papel de vozes e a flauta dá vida ao tema pausado.
Gosto da linha de baixo desse tema, com pausas.
O final marcial dá a impressão de que continua, porém é só um sinal.

9. Time Traveller
A 9ª faixa é uma balada ao piano e com bela melodia vocal. A banda entra logo em seguida ao primeiro verso.
Quase aos dois minutos entra um tema nos teclados bem parecido com os anteriores e a banda continua num ad infinitum sonoro.
Perto do quarto minuto da canção o tema fica extremamente interessante, mostrando dinâmica e versatilidade ao ficar mais rápido também mais interessante.

10. Coming From The Stars Medley
Including:
Limites De Vento
Fantasia Mística
Último Horizonte
Notre Dame

Essa introdução nos teclados lembra um pouco o som de Jon Lord (Deep Purple), mas na verdade vai além e culmina num ponto alto vocal, logo em seguida é a vez de apresentar o guitarrista a platéia, (solo mode: on).
Em seguida é a vez de Magoo Wise arrasar no baixo.
Na verdade a faixa serve de apresentação pra banda, onde cada um mostra um pouco de seus ‘dotes instrumentais’.
Depois de todos apresentados o tema volta e a banda encerra em grande estilo.

11. Peace In The Loneliness
‘Peace In The Loneliness’ foi escolhida para encerrar o disco e não faz feio, é uma faixa energética com um refrão forte.
Após um breve agradecimento de Gustavo a banda conta com a colaboração do pessoal da platéia para cantar um trecho da música original em português, e lhes digo que seria muito interessante ouvir Gustavo cantar o tema todo em português.

Os que me conhecem sabem que eu não sou fã de discos ao vivo, mas temos uma bela surpresa por aqui, são boas versões em inglês das músicas da banda.
No final ficamos com a sensação de realmente ter ‘visto’ um bom show de Rock progressivo, palmas para a banda.


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