terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Resenha - Atik Maze – The Man Behind The Lock


Atik Maze
The Man Behind The Lock
2009
InfoArte

Faixas:
1. Painting Mirrors – 7’11
2. The End Of The World – 9’25
3. The Man Behind The Lock – 7’12
4. Out Of Time – 10’42
5. Fragments – 7’32
6. Web – 8’59
7. Once Upon A Time – 12’31
8. Your Head Illudes You (bonus) – 5’43

Integrantes:
Dário Jerónimo – voz
João Silva – guitarras
Isaac Batista – baixo
Ricardo Baptista – bateria

Resenha:
1. Painting Mirrors
Promissor, começo promissor! A guitarra soa como uma brisa jogada ao ar, e o baixo é grave, demais na minha opinião. Na minha opinião é difícil resenhar somente a música, porque o som, incluindo a gravação, fazem parte da música. Não me agradou também os timbres dos pratos da bateria de Ricardo Baptista.
O vocal de Dário Jerónimo é um caso a parte, interessantíssimo, cheio de nuances e uma boa interpretação.
Perto do 5º minuto um bom solo de guitarra de João Silva entra em cena, melódico, uma bela melodia, seguido de perto pelas guitarras da introdução e um pequeno e experto solo de baixo, mas ainda me incomoda o timbre grave demais para o estilo.
Como começa, termina, num rompante.

2. The End Of The World
A segunda faixa também começa com guitarras ‘espaciais’, e acabam lembrando bastante a 1ª faixa.
Mais uma vez os ótimos vocais de Dário são o ponto alto da faixa, ele realmente consegue colocar alma na música do grupo.
Aos 3 minutos e meio uma intrincada e por que não dizer, dançante linha melódica arrebata o ouvinte, e é difícil não balançar o corpo. Na seqüência, Dário narra uma o que seria uma ‘prece’.
A troca de acordes no decorrer das duas primeiras músicas não são tão tradicionais, existem estranhas quebras em alguns momentos. Aos 8 minutos mais uma linha dançantes, dessa vez uma quase ‘disco’ e a faixa termina calma.

3. The Man Behind The Lock
A terceira faixa começa com o vocal narrativo e profético de Dário, seguido pela guitarra dedilhada de João pra logo em seguida desencadear um bom riff cheio de quebras de ritmo.
Interessante faixa, até aqui o destaque do disco. Bons riffs, boa linha melódica e muito bem estruturada.

4. Out Of Time
Isaac Batista construiu uma melodia bacana para a música, saindo um pouco do lugar-comum.
Nessa faixa temos uma melodia mais densa, um pouco mais pesada, mas ao mesmo tempo melódica.
A parte central é calma, e cheia de tensão, com interessantes linhas de guitarra e bons violões ao fundo.
O acorde de guitarra quase aos 7 minutos é um tanto quanto Pink Floyd, bem como as frases de violão, seguidas de um riff quebrado.

5. Fragments
Esse começo é bem Genesis, bom. Muitos climas, e um peso ‘mórbido’ no verso seguinte.
Aos 4 minutos e meio um estranho grito agudo de Dário, seguido por outro e uma gargalhada digna de Coringa! (risos)

6. Web
A sexta faixa de The Man Behind The Lock (2009), segue a mesma linha, porém com a bateria mais ‘aberta’ e com bons interlúdios de baixo entre uma frase vocal e outra.
Pouco depois do 2º minuto uma estranha combinação de frases de guitarra e baixo deixam a faixa bem confusa. Em seguida vocais bem teatrais.
Acho que na segunda parte a faixa se perde um pouco, me refiro ao vocal e ao instrumental, um tanto desconexos, imagino se essa foi a intenção da banda.

7. Once Upon A Time
Interessante inicio, como um noticiário televisivo. Como uma guerra a música segue com sonorizações. No terceiro minuto o riff que se segue deixa a faixa bem interessante. Um riff grave e hipnótico de baixo leva a música até quase metade.
Da segunda metade em diante estranhos riffs se encaixam em partes ‘normais’, interessante.

8. Your Head Illudes You (bonus)
O disco na verdade acaba na música 7, essa é um bônus que a banda resolveu incluir no disco de estréia.
É uma faixa um pouco mais ‘Rock’, mais simples, funcionando com pergunta-e-resposta entre as frases de guitarra e vocais.

No geral o disco é bom, com boas idéias, mas peca um pouco no quesito timbragem dos instrumentos e acaba se repetindo dentro da própria fórmula. Mas é definitivamente uma estréia promissora, espero muito desses caras.



Sem comentários:

Enviar um comentário

Destaque

Braen's Machine: Temi ritmici e dinamici (1973)

  Os primeiros vestígios deste misterioso grupo de estúdio datam de 1971, quando seu primeiro álbum, intitulado "  Underground  ",...