Banda: D.F.A.
Disco: 4th
Ano: 2008
Selo: Moonjune Records
Tipo: Estúdio
Faixas:
1. Baltasaurus – 14’18
2. Flying Trip – 7’51
3. Vietato Generalizzare – 6’38
4. Mosoq Runa – 18’58
5. The Mirror – 10’16
6. La Ballata De S’isposa ‘E Mannorri – 10’16
Integrantes:
Luca Baldassari – baixo
Alberto De Grandis – bateria e voz na faixa 5
Silvio Minella – guitarras
Alberto Bonomi – teclados e flauta
Músicos convidados:
Andhira – voz na faixa 6
Elena Nulchis, Cristina Lanzi e Egidiana Carta – vocais na faixa 6
Zoltan Szabo – cello nas faixas 4 e 6
Maria Vicentini – violino e viola nas faixas 4 e 6
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Resenha:
1. Baltasaurus
Antes de mais nada, QUE BANDA É ESSA??!!! Conheci ela recentemente por intermédio do amigo e achei seu som incrível, uma bela demonstração de que o Rock Progressivo está mais vivo do que nunca!
E, para iniciar esse álbum fantástico, a longa e inspirada ‘Baltasaurus’ vem mostrar a capacidade criativa do grupo. Começa com notas simples de baixo, que logo são seguidas pela entrada de um solo suave de guitarra, com vários bends de 2 tons, e na seqüência, o tecladista e flautista Alberto Bonomi inicia uma bela linha de flauta. Em 1:16 entra a bateria, e a música realmente começa.
Tendo bastante influência nos teclados de Bonomi, o som da banda lembra muito o Jazz, com o guitarrista Silvio Minella contribuindo muito para a excelência do som. Seus solos e linhas melódicas nessa faixa são de tirar o fôlego. Além disso, o baixo suingado de Luca Baldassari apresenta bastante força na parte que começa em 7:05, trecho bastante suave, com uma linha do baterista Alberto de Grandis espetacular. Tem mais uma parte mais forte, com um final épico de tirar o fôlego. Linda!
2. Flying Trip
Mais “calma” que a anterior, é mais voltada para o Jazz tradicional, com um clima de improvisação bastante interessante. Os solos dos músicos nessa faixa são excelentes, com vários momentos distintos, e perfeita divisão entre “luz e sombra”, ou seja: partes mais leves em contraste com outras mais pesadas. Na minha opinião merece destaque a linha de piano clássico iniciada em 4:43, muito bonita, e que dá espaço para um dos melhores solos de guitarra do disco. Termina abruptamente, dando um belo contraste com o clima mais calmo do restante faixa.
3. Vietato Generalizzare
Mais pesada e rápida do disco, começa como o final da anterior, de forma abrupta e selvagem. Tem um contraponto em 1:34, quando o baixo e bateria seguram a música, “acalmando” a faixa. A linha de baixo nessa parte é de grande complexidade, e abre espaço para uma bela linha de piano e um solo de guitarra mais longo e presente, onde o guitarrista Silvio Minella mostra toda sua técnica. Ele segue solando por quase todo o resto da composição, evoluindo e criando efeitos de clímax e anticlímax, num belo ato musical.
4. Mosoq Runa
Longa? Que isso! Essa é uma das mais belas e incríveis músicas instrumentais de todos os tempos! Possui uma das introduções mais bonitas que eu já vi, uma linha de piano clássico acompanhada em alguns momentos por violinos muito bem executados, tocados por Maria Vicentini, que criam uma atmosfera bastante agradável.
A guitarra começa a acompanhar o piano a partir de 3:49, com um dedilhado muito bom, que serve de base para um belo solo de teclado, introspectivo e muito marcante. Pode-se dizer que a faixa começa REALMENTE em 5:00, com a entrada da bateria de forma pesada. A base suingada de guitarra de Minella com muito Wha-Wah nesse ponto é muito boa, e dá um tom dançante à composição.
Tem uma parte muito calma e bonita a partir de 8:32, com uma base de muito Wah-Wah, batida suave e linha de piano excelente. Evolui até o peso voltar com tudo em 11:44, com uma espécie de solo de bateria muito bom, com todo o lado Jazzístico do baterista Alberto de Grandis vindo à tona. Mas eis que, em 16:48, a linha de piano com violinos volta a dominar a composição, e segue assim até o fim da faixa, mostrando toda a capacidade criativa da banda, que parece estar contando uma história através das diversas partes instrumentais. É-P-I-C-O!!!
5. The Mirror
Vocais!!! Sim leitor, um vocal pequeno, mas bastante interessante toma conta do início da faixa, acompanhado por uma bela linha de baixo e uma batida muito suave. O baterista de Grandis é o encarregado pelos vocais, e é essa parte que abre espaço para uma música mais experimental, cheia de sons arábicos. Merece destaque o solo de guitarra que começa em 3:10, muito bonito, e com bastante pegada. Possui solos de teclado mais proeminentes em 6:46, numa parte bastante pesada (para os padrões da banda). Mas o clima plácido volta em 7:50, o que causa um belo contraste. De Grandis começa um solo de bateria excelente e mais longo nessa parte, com um estilo único, que segue até o fim da faixa.
6. La Ballata De S’isposa ‘E Mannorri
Música com vocais proeminentes, e que tem o melhor início do disco, com uma atmosfera épica de tirar o fôlego. Várias mulheres começam a intercalar o vocal a partir de 0:48, numa atuação digna dos grandes cantores progressivos. A faixa é mais introspectiva e lenta, mas mesmo assim apresenta excelentes clímax e anticlímax, em mudanças suaves e de muito bom gosto. Termina calma, dando um fim excelente a um álbum excelente.
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