Aquela, aquela mulher que passa
Ai pobre dela, já não tem a mesma graça
Aquela que foi minha e eu fui seu
O nosso amor traíu, não é minha nem sou dela
Aqui vem ela
Como uma rosa enjeitada
Aqui vem toda emproada
Como que eu pretenda vê-la
Vai-te embora mulher
Não quero ver-te de perto
Irei viver pró deserto p’ra não te ver
O fado que ela anda a correr
Será o fado de quanto me fez sofrer
Agora já não pode haver reparo
Terá que pagar quem caro
Tudo o que me fez outrora
Ai pobre dela, já não tem a mesma graça
Aquela que foi minha e eu fui seu
O nosso amor traíu, não é minha nem sou dela
Aqui vem ela
Como uma rosa enjeitada
Aqui vem toda emproada
Como que eu pretenda vê-la
Vai-te embora mulher
Não quero ver-te de perto
Irei viver pró deserto p’ra não te ver
O fado que ela anda a correr
Será o fado de quanto me fez sofrer
Agora já não pode haver reparo
Terá que pagar quem caro
Tudo o que me fez outrora
Coentros e rabanetes
Letra e música de Jorge Atayde
Repertório de Rodrigo
Coentros e rabenetes
Repertório de Rodrigo
Coentros e rabenetes
Não vão à mesa do rei
Alpercatas e coletes
Alpercatas e coletes
São coisas reles, eu sei
Mas ele gostava de ter
Tralhas velhas a valer
Mas ele gostava de ter
Tralhas velhas a valer
E outras coisas que eu usei
Se os ricos vivem à toa / Não precisando de nós
A vida não é tão boa / Quando é vivida a sós
O mundo precisa de ter / Homens grandes a sofrer
Que apesar de terem tudo / No fundo hão-de morrer
Se tudo o que eu quisesse / Eu conseguisse alcançar
Não dava tanto valor / À vontade de lutar
O mesmo acontece aos outros / Que por vezes queriam ter
Momentos de vida, soltos / P’ra saberem o que é viver
Se os ricos vivem à toa / Não precisando de nós
A vida não é tão boa / Quando é vivida a sós
O mundo precisa de ter / Homens grandes a sofrer
Que apesar de terem tudo / No fundo hão-de morrer
Se tudo o que eu quisesse / Eu conseguisse alcançar
Não dava tanto valor / À vontade de lutar
O mesmo acontece aos outros / Que por vezes queriam ter
Momentos de vida, soltos / P’ra saberem o que é viver
A Rosa da madrugada
Letra de Henrique Rego
Desconheço se esta letra foi gravada
Publico-a na esperança de obter informação credivel
Desconheço se esta letra foi gravada
Publico-a na esperança de obter informação credivel
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
A Rosa que há muito andava
Fazendo da noite dia
Numa vida desolada
No bairro onde morava
Toda a gente a conhecia
P’la Rosa da Madrugada
Uma noite em que as estrelas
No céu, a pátria da luz / Lembravam gotas de mel
A rosa, pelas vielas
Arrastava a sua cruz / Feita de pranto e de fel
Já exausta, então, parou
Junto ao portal, muito velho / Duma taberna qualquer
E, embevecida, escutou
O mais salutar conselho / P’ra vida duma mulher
Revestida de amargura
Com a sua carne viva / Presa à sorte que a abastarda
Seguiu p’la viela escura
Cabisbaixa, pensativa / Direita à sua mansarda
E ao surgir a luz da aurora
Jurou, por alma dos pais / Tornar-se mulher honrada
Saiu do bairro p’ra fora
E nem sombra se viu mais / Da Rosa da Madrugada
Letra publicada no jornal Alma de Marialvas
(órgão de Os Marialvas de S. Cristóvão), número único, Julho de 1957
A Rosa que há muito andava
Fazendo da noite dia
Numa vida desolada
No bairro onde morava
Toda a gente a conhecia
P’la Rosa da Madrugada
Uma noite em que as estrelas
No céu, a pátria da luz / Lembravam gotas de mel
A rosa, pelas vielas
Arrastava a sua cruz / Feita de pranto e de fel
Já exausta, então, parou
Junto ao portal, muito velho / Duma taberna qualquer
E, embevecida, escutou
O mais salutar conselho / P’ra vida duma mulher
Revestida de amargura
Com a sua carne viva / Presa à sorte que a abastarda
Seguiu p’la viela escura
Cabisbaixa, pensativa / Direita à sua mansarda
E ao surgir a luz da aurora
Jurou, por alma dos pais / Tornar-se mulher honrada
Saiu do bairro p’ra fora
E nem sombra se viu mais / Da Rosa da Madrugada
Letra publicada no jornal Alma de Marialvas
(órgão de Os Marialvas de S. Cristóvão), número único, Julho de 1957
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