Resenha
4
Álbum de Wild Rose
2016
CD/LP
Uma vez que você cria uma banda e a coloca na trilha de uma carreira, a intensão é sempre evoluir, desenvolver. O que o Wild Rose fez aqui neste 4 é o que não se esperava: volta aos primórdios. Para algumas bandas até funciona, mas para uma como esta, foi um desgosto. Ao colocar o disco para rodar, você já sente que há algo errado, tudo remete ao primeiro disco, mas muito piorado. Um Andy Rock sem inspiração alguma, com riffs genéricos e completamente minimalistas, teclado pálido, baixo fraco, e a bateria... putz... um desastre a parte. Não é possível ser o mesmo Dimos Thomaidis de Hi 'N' Run. Ou o cara desaprendeu a tocar ou o disco anterior teve uma "pinceladinha" na produção para que fique preciso, porque o homem erra tanto em andamentos e viradas que dá uma pontada no fígado a cada uma, muito ruim, fora de tempo e extremamente repetitiva. Quando se leva uma batida AOR simples, ela tem a obrigação de ser precisa, na métrica, mas aqui, com esse som forçado de bateria eletrônica em demasia, a coisa fica triste. Aliás, o disco inteiro tem uma batida só, aquele midtempo arrastado e com uma produção péssima. A intenção aqui parece ser chegar ao mais 80's possível, mergulhando totalmente, porém foram tão fundo que se afogaram. Inclusive a capa, que parece uma arte tirada de uma revista de moda brega da década em questão. O pobre George Bitzios até tenta, sente-se que ele se esforça e muito, mas sua voz é chata, seus falsetes e melodias não convencem mesmo, e você acaba desistindo. O disco passa reto no ouvido e quando se dá conta, ele já foi e você não ouviu. Não tem obviamente destaques, talvez chama um pouco atenção a faixa de abertura, Desperate Heart, e só. Então, não é à toa que após esse lançamento a banda sumiu, está em um hiato, e não se vê qualquer atualização deles há muito tempo, nas redes sociais ou em anúncios em sites. Será que por conta da saída e falecimento de mestre Saylor, a coisa desanimou? Não sei. Mas só torço para que retornem com uma nova proposta, repensem a questão vocal e reapareçam pois não merecem um fim melancólico com esse disco monótono.
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