Disco: Octavarium
Ano: 2005
Selo: Atlantic
Faixas:
1. The Root Of All Evil [vi. Ready, vii. Remove] – 8’07
2. The Answer Lies Within – 5’26
3. These Walls – 6’59
4. I Walk Beside You – 4’29
5. Panic Attack – 7’16
6. Never Enough – 6’33
7. Sacrificed Sons – 10’42
8. Octavarium – 24’00
i. Someone Like Him
ii. Medicate (Awakening)
iii. Full Circle
iv. Intervals
v. Razor’s Edge
Formação:
James LaBrie – voz
John Myung – baixo
John Petrucci – guitarras e vocais
Mike Portnoy – bateria/percussão e vocais
Jordan Rudess – teclados
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Resenha:
1. The Root Of All Evil
VI) Ready
QUE BAAAAAITA DISCO!!! Realmente um trabalho impecável do DT, capaz de surpreender a cada momento. É visto por muitos como o ápice vocal de James LaBrie desde a lesão que teve em suas cordas vocais em 1994, e que trouxe conseqüências na sua capacidade vocal até hoje.
E, para começar esse disco fantástico, temos a continuação da AA Suite de Portnoy. Um acorde longo de teclado inicia uma introdução bem interessante, com batidas de tambores e acordes de guitarra distantes, que vão se aproximando aos poucos. Então, em 1:00 começa um riff bastante pesado acompanhado por toda a banda, que após uma mudança traz a linha vocal, a princípio com efeitos e mais distante, e que irá se normalizar no refrão.
VII) Remove
A base de guitarra abafada da segunda estrofe é muito boa, e serve muito bem como fundo para a voz precisa de LaBrie. Logo em seguida um trecho da música ‘This Dying Soul’ do disco anterior, Train Of Thought (2003) é repetido, se encaixando perfeitamente ao tom da faixa.
É seguida dos solos da música, iniciando pelo de teclado. Seguindo o estilo de Rudess, é um solo que mescla velocidade com notas de maior pegada, e se encaixsam muito bem com o solo de guitarra a seguir. Não é um dos melhores de John Petrucci, mas tem uma pegada muito interessante, com licks de grande criatividade. A seguir, o refrão é repetido, e seguido do riff inicial e de uma linha de piano espetacular, que encerra a composição.
2. The Answer Lies Within
Inicia com uma linha de piano muito bonita, seguida pela voz precisa de LaBrie. É uma “baladona” das boas, bem ao estilo da banda, com linhas de violão muito bonitas e batida mais suave que mostra outra faceta de Portnoy. Tem um solo de violinos muito bonito em 3:23, que acrescenta beleza a faixa.
3. These Walls
Começa com uma linha de baixo mais experimental, com vários efeitos, e que é seguida pela entrada da banda, com um lick de teclado F-A-N-T-Á-S-T-I-C-O! Logo depois, um dedilhado de guitarra e um acompanhamento muito bom da sessão rítmica da banda serve de base para uma linha vocal introspectiva muito boa. No refrão, o teclado de Rudess faz o mesmo lick do início, o que fica de muito bom gosto para o vocal.
Tem em 4:38 um solo de guitarra muito bonito, que traz o lado mais sensível de Petrucci, e mostra que notas simples são mais bonitas que 300 notas por segundo. O final da música é mais macabro, encerrando abruptamente, e deixando uma linha de teclado muuuito suave no limite da audição tocando.
4. I Walk Beside You
Começa com um riff abafado de guitarra bem interessante, que serve de base para as estrofes. O refrão muito bonito é igual chiclete, e é muito viciante. Talvez uma das únicas da banda que não tenha solo.
5. Panic Attack
Prepare-se para pancadaria! Uma das músicas mais pesadas do DT, começa com um lick rápido e volumoso de baixo, que logo abre espaço para riff’s muito pesados e rápidos. A linha vocal é meio macabra, e se encaixa muito bem ao tom da composição. Muda constantemente, sempre mantendo a velocidade e pancadaria. Em 4:57 começa um solo de teclado muito bom, muito rápido, e que é seguido por um solo de guitarra de muuuuita velocidade, com alguns momentos de maior pegada na parte final. Após o fim da melodia, efeitos estranhos dominam os fones, e encerram a faixa.
6. Never Enough
Menos expressiva do álbum, começa com uma linha de baixo que me lembrou uma motocicleta. É outra balada bem interessante, com vários momentos vocais, e que mescla algumas partes de maior velocidade com outras mais introspectivas. O refrão tem um tom épico espetacular, mas na minha opinião o vocal tem efeitos demais.
7. Sacrificed Sons
Talvez uma das críticas mais duras que já ouvi em uma música. Começa com vozes das transmissões televisivas originais do dia 11 de Setembro de 2001, parando em 0:57, quando uma melodia simples e muito bonita de piano começa, seguida da voz de LaBrie. Tem após o fim da estrofe uma linha de Fingerboard meio macabra incrivelmente introspectiva.
A segunda estrofe já é mais pesada, contando com a guitarra de Petrucci tocando Power Chords oitavados que ficam bem interessantes. Logo depois o refrão da música é tocado, muito bonito, mas triste, com uma pesada crítica aos Muçulmanos. Em 4:13 a banda pára, e Myung faz uma linha de baixo impressionante, que dá uma acelerada na música. Então, em 5: 04, um solo de teclado muito bom começa, onde Rudess mostra toda a sua técnica. É seguido pelo solo de guitarra de Petrucci, meio estranho e mais experimental, com maior uso da alavanca, mas mesmo assim muito bom.
A parte final é de arrepiar, com um clima de tragédia assustador, que na minha opinião é um dos melhores momentos da banda em todos os tempos.
8. Octavarium
I) Someone Like Him
Sem dúvida nenhuma uma das músicas mais impressionantes da banda, e minha preferida deles ao lado de ‘The Glass Prison’ do Six Degrees Of Inner Turbulence (2002). Começa com uma introdução impressionante, talvez uma das melhores do DT. Acordes longos de teclado que criam uma atmosfera fantástica, um clima épico e introspectivo de arrepiar. É acompanhado depois por um solo de Fingerboard fantástico, e em seguida por uma linha de Slide Guitar muito boa.
Então, em 3:49 começa o tema principal da música, uma linha de Fingerboard, acompanhada pelos demais instrumentos. Logo depois, a banda para, e Petrucci fica tocando sozinho uma linha de violão de 12 cordas impressionante, depois acompanhado por uma linha de flauta muito bonita. Depois tudo para novamente, e o violão faz um dedilhando lindíssimo, acompanhado pela voz suave de LaBrie. A melodia vai evoluindo, até que em 7:51 a banda toda começa a tocar uma espécie de refrão bem interessante, ao final do qual o som vai diminuindo, e a segunda parte começa.
II) Medicate (Awakening)
Começa com uma linha de baixo impressionante, que mostram por que Myung é um dos maiores baixistas vivos. Logo depois a guitarra acompanha com um dedilhado, e LaBrie volta a cantar suavemente. Essa parte tem momentos mais pesados que a anterior, e um refrão incrivelmente belo. Vai evoluindo até que em 12:13 um dos melhores solos de teclado de Rudess começa, abrindo espaço para a próxima parte.
III) Full Circle
O solo de teclado é seguido pelo momento que eu considero o melhor da música, uma linha de guitarra mais pesada acompanhada por um vocal mais agressivo, que abre espaço depois para solos e duetos impecáveis, que mostram toda a técnica dos músicos. Na minha opinião, destaque para o solo de guitarra que começa em 16:57, bastante rápido, e acompanhado por lick’s de baixo espetaculares. É a parte mais elaborada da composição, com muitas texturas e mudanças, e que apresentam toda a criatividade do grupo.
IV) Intervals
Começa em 18:30, e é mais introspectiva, com um vocal que vai evoluindo junto com a melodia. É a parte mais macabra da música, e tem em 19:32 um ápice vocal que mostra que a voz de LaBrie voltou com tudo nesse disco.
V) Razor’s Edge
O tema do início volta, abrindo espaço para uma linha vocal bem bonita, acompanhada por uma melodia mais voltada para uma orquestra. Vai evoluindo até que em 21:27 começa um solo de guitarra F-A-N-T-Á-T-I-C-O, muuuuito bonito de muuuita pegada, que mostra por que Petrucci é considerado o guitarrista mais completo da atualidade.Vai crescendo até um clímax em 23:00, quando uma orquestra encerra a faixa de forma magistral, concluindo perfeitamente esse álbum fantástico.
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