domingo, 26 de março de 2023

Álbum fundamental: Here at last...BEE GEES...live - Bee Gees (1977).

 



Este é mais um tributo meu a uma das bandas que contribuiu para meu gosto e opção musical ao longo dos anos. Um dos 5 álbuns fundamentais da minha existência também. O trio vocal mais famoso de todos os tempos, os irmãos Gibb. Este disco foi escolhido porque, além de servir como um resumo da primeira fase da banda, foi o único registro musical que tive nos 3 formatos: k7, vinil e optei por ficar com o atual em cd. Os Bee Gees foram meus primeiros professores, eu diria.

Ao contrário de álbuns ao vivo em que o público nem mesmo é captado com clareza e se tem a impressão de se estar escutando um disco de estúdio comum – como no caso do “Arena” do Duran Duran – este é quente, bem mixado, e o burburinho está lá para se sentir parte do show.

                A banda já estava no caminho sem volta do rhythm´n´blues  desde o “Main course” de 1975 (para mim o melhor deles) e em 1976 consolidou esta opção com “Children of the world”. Partiram para uma turnê e deixaram este registro impecável gravado em Los Angeles em 20 de dezembro de 1976. Na verdade, se poderia escrever sobre todas as faixas mas resolvi dar um highlight nos grandes momentos deste disco duplo.



                Disco 1: A abertura de “I´ve gotta get a message to you” com metais traz o público numa explosão receptiva que contagia, enquanto Robin entoa os primeiros versos. Esta canção não é das preferidas do público, mas funciona muito ao vivo devido a seu arranjo que traz elementos como o country, por exemplo. “Love so right” é minha balada predileta e o público feminino vem abaixo com o falsete de Barry, sua marca registrada. É uma versão que – creio – nunca conseguiram igualar, pois o arranjo de vozes do fim da canção – com Maurice (não tenho certeza) pontuando os trinados de Barry já vale o disco. Prestem atenção. Maravilha.  “Come on over” traz Robin transformando uma música balada country normal num crescendo com sua voz distinta. Muito superior à versão em estúdio. Olivia Newton John creio já a havia gravado também, mas não há como comparar. Virando o lado (rs) temos o meddley anunciado por Barry que passou a fazer parte de todos os shows dos irmãos – trazendo o material pop- romântico deles de sua fase pré-balanço. Já vale o disco (de novo) com destaque para o impecável arranjo vocal da sinistra “New York mining disaster  1941” e o hino de Robin “I started a joke”. Depis do meddley, este set fecha com chave de ouro com a mulherada caindo de prantos com o falsete de Barry que marcou pra sempre a linda “How can you mend a broken heart”. Esta desde já um dos pontos altos de shows do trio.

Disco 2: O lado 3 é o mais “fraco” dos 3, com ênfase no balanço em 3 músicas da fase mais moderna do trio e fechando com o grande momento de Barry – “Words”, outra que não pode faltar nunca.  O último lado é poderoso, com destaque para a banda de apoio e traz os dois principais hits do já citado álbum de 1975. “Wind of change” traz um falsete de outro mundo (!) de Maurice – que sabia como ninguém pontuar o que os outros dois faziam nos vocais principais – e os metais pegando fogo. A minha canção pop preferida deles vem em seguida. “Nights on Broadway”  traz uma mensagem da noite, das ruas, de vivência. Já era poderosa em estúdio e ficou ainda mais aqui. Há espaço para os três brilharem e merece atenção redobrada. Notem como Barry muda de entonação vocal como somente um mestre é capaz de fazer. Robin entra na “bridge” antes do refrão com uma afinação impecável e Maurice tem o seu ponto alto do show com um falsete que começa terminando os versos de cada refrão até explodir numa estridência típica deles lá pelo final. Uma apoteose. A triste mas linda balada “Lonely days” fecha o disco com o bye-bye da banda e a sensação de que esta turnê foi – pelo menos nos arranjos – a melhor da história da banda.


Há vasto material do trio na Internet e não quero discorrer muito. Apenas a citação de que, depois dos Beatles, foram a única banda com 3 músicas no top five dos Estados Unidos no final dos anos 70, ajudaram a estabelecer a onda disco sem nunca perder as raízes pop e country, flertaram com o rhythm´n´blues e marcaram gerações.  Compre para ontem se for escolher apenas um item da discografia da banda. Saudações.







e opção musical ao 

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