Em 2020, durante os dias solitários, intermináveis e incertos da pandemia, fiz algo que deveria ter feito há tempos: cadastrei todos a minha coleção no Discogs. E, ainda que o trabalho seja longo e cansativo para quem, como eu, possui um razoável número de itens, a recompensa é grande. São muitas funcionalidades na palma da mão, e, no meu caso específico, uma ajuda imensa na hora de lembrar se tenho ou não tal título na estante.
Uma dessas funcionalidades é entender quantos itens entraram na coleção durante o ano. E foram muitos. Em 2021, mais de 450 novos CDs entraram no meu acervo, incluindo duas grandes doações que recebi. Já em 2022, o número foi maior e confesso que um pouco assustador: ao todo, 564 novos títulos entraram na minha coleção, entre CDs e DVDs, durante o ano.
Foram ao todo 252 CDs usados comprados , e tenho encontrado muita coisa boa . Os itens dos sebos geralmente são títulos fora da catálogo, muitos deles difíceis ou raros de serem encontrados atualmente, e que preenchem lacunas da minha coleção. Além disso, vai aí uma história: comecei a colecionar LPs em 1985 e mantive a coleção até o início dos anos 2000. Aos poucos fui trocando os discos de vinil pelos CDs, meu formato preferido de mídia física. E essas visitas aos sebos têm proporcionado com que eu encontre alguns álbuns do meu antigo acervo de LPs no formato que mais gosto – que são os CDs -, e sempre que isso acontece o prazer é enorme. Nessa categoria de itens usados, muitas vezes acabo pegando bastante CDs em um sebo, e o valor cai ainda mais na hora de fechar a compra.
E aconteceu um fato marcante que foi a chegada em uma loja específica aqui da Florianópolis de uma grande quantidade de itens de um colecionador que faleceu, muitos deles lacrados, a maior fora da catálogo e todos em excelente estado, foi responsável por um belo upgrade no acervo. Entre os itens usados, destaque para o retorno de títulos que faziam parte da minha antiga coleção de LPs e agora voltaram em CD, como o excelente Fisherman’s Blues do The Waterboys, raridades como a estreia da Crazy Horse (uma das bandas que acompanha Neil Young), vários álbuns solo de Stevie Nicks, diversos discos do Bon Jovi e do Red Hot Chili Peppers, a quase totalidade dos álbuns de Jack Johnson e do Dire Straits, e muito mais.
Em relação aos itens novos, adquiri um total de 89 CDs durante o ano. A grande maioria foi comprada na Amazon, mas vieram também itens das lojas oficiais da Universal, Warner e outras online, e também da Roots Records, única que vende itens novos na capital catarinense. Esses títulos foram, em grande parte, lançamentos e novidades, além de alguns CDs de catálogo. Aqui, o grande destaque foi encontrar a discografia quase completa do Pearl Jam totalmente lacrada, além da chegada de discos que marcaram o ano como os novos do Ghost e do Machine Head, as edições especiais do Kiss, o maravilhoso novo álbum do Tears For Fears, um box dos Eagles, a edição tripa do Black Album do Metallica, a único álbum de estúdio do Mad Season, o incrível Live do Fleetwood Mac e a edição tripla importada de Goin’ 50, do ZZ Top, que a Amazon anunciou por pouco mais de R$ 30 em certo momento.
Vamos agora para os itens enviados por gravadoras e parceiros, que respondeu por um total de 66 títulos. E, em uma categoria que é uma espécie de irmã dos “recebidos”, fui presenteado com 64 itens – incluindo CDs e DVDs – que foram enviados por pessoas que admiram o meu trabalho e decidiram retribuir enviando presentes sensacionais. Aqui, destaque para a dupla de novos álbuns do Red Hot Chili Peppers, para discos raros do Scorpions e do Kiss, os novos álbuns do Behemoth e Arch Enemy, o novo do Wizards, raridades do Tokyo Blade e do Picture e do Urchin, o retorno do Caravellus, álbuns clássicos e boxes do The Who, CDs incríveis de Sammy Hagar e os novos do Jethro Tull e de Tony Martin.
Chegando agora aos filmes, decidi retomar a coleção de DVDs e blu-rays cinematográficos e de shows, e isso resultou na entrada de 40 novos títulos no acervo, todos usados e todos comprados em sebos. Destaque para itens como os dois volumes da Use Your Illusion World Tour do Guns N’ Roses, No Quarter de Page & Plant, o acústico do Nirvana, Live at Budokan do Dream Theater, edições especiais do U2, entre outros.
E fechando, adquiri em sebos duas grandes coleções de música erudita. A primeira foi a Coleção Folha de Música Clássica com a Royal Philharmonic Orchestra interpretando as obras de grandes nomes da música, e que conta com um total de 36 títulos. Consegui quase completa, com exceção do CD número 34, dedicado a Frédéric Chopin. A segunda atende pelo título de Coleção Folha Mestres da Música Clássica, e também está quase completa, com 18 dos 22 números. Faltam apenas as edições 5 (novamente sobre Chopin), 15 (Haydn), 16 (Bernstein) e 17 (Bach). O legal dessas duas coleções é que ambas trazem os CDs em formato digibook, com encartes longos que funcionam como fascículos que contam a história dos músicos. Isso ajuda bastante alguém como eu, que está entrando em um novo universo musical e quer saber mais sobre ele.
Foi um ótimo ano, com grandes discos entrando no acervo e tornando a minha coleção ainda mais completa e abrangente, objetivo que sempre permeou minha busca por aquisições desde que comecei a adquirir CDs. Que os próximos anos sejam como 2022 foi: repleto de boa música e muita mídia física.
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