A gravadora italiana Frontiers Records é conhecida pelo seu foco nos gêneros mais melodiosos e "açucarados" do rock e metal, e confesso que essa é uma praia que não me atrai muito. De modo geral, a grande maioria dos lançamentos da gravadora não conversa com meu gosto pessoal. Por esse motivo, fui ouvir o segundo álbum do Perfect Plan com uma certa ressalva.
A banda sueca tem em Time For a Miracle o seu segundo disco, sucessor de All Rise (2018), que recebeu elogios da crítica e do público. Formada por Kent Hilli (vocal), Rolf Nordström (guitarra), Leif Ehlin (teclado), Mats Byström (baixo) e Fredrik Forsberg (bateria), o quinteto executa um som que varia entre um vigoroso AOR e momentos mais melosos que lembram nomes como o Foreigner. Há uma dose de peso muito bem-vinda, e a maioria das canções tem aquele clima de “Hollywood, o sucesso” (série de propagandas do cigarro homônimo que apresentaram nomes como Kansas, Asia, Peter Frampton, Whitesnake e outros para o público brasileiro durante a década de 1980). O disco é muito bem produzido e extremamente bem executado, com destaque para o vocal de Hilli e para os baking vocals, cantados por toda a banda.
O resultado é um álbum que proporciona um audição agradável, onde se destacam canções como a música que batiza o disco, “Better Walk Alone”, “Heart to Stone” “Every Time We Cry”, “Nobody’s Fool” (que lembra os melhores momentos do Whitesnake pós 1987), “Just One Wish”, “Don’t Blame It On Love Again” e “Give a Little Lovin’”.
Se você gosta de um hard com refrãos fortes e repleto de melodia, certamente irá curtir esse segundo disco do Perfect Plant, porque os caras realmente sabem o que fazem.
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