quinta-feira, 25 de maio de 2023

Crítica: "Apollyon Is Free", álbum de estreia dos chilenos da Delta


Em 2004, a banda de metal progressivo DELTA lançou seu primeiro álbum intitulado "Apollyon is Free", no qual vinham trabalhando desde o ano anterior. Este álbum marcou o início da carreira musical da banda e apresentou uma proposta sólida que lançou as bases para sua prolífica carreira.

Delta era composta por Jorge Sepúlveda e Benjamín Lechuga nas guitarras elétricas, Santiago Kegevic no baixo de 6 cordas, Nicolás Quinteros nos teclados e segundas vozes e Felipe del Valle como vocalista principal. Para este álbum, eles foram apoiados por um baterista de sessão. 

Gravado no estúdio Pez de Chile, "Apollyon is Free" tem 11 faixas, superando 69 minutos de duração e dando o tom para o que viria a ser Delta.


A primeira faixa do álbum é dividida em duas partes: "Nitroduction" e "Por que você está tão longe?". "Nitroduction" é um instrumental curto de guitarra elétrica que demonstra a habilidade técnica sem limites da banda, criando um ambiente energético que prepara o palco para o que está por vir. Em seguida, em "Por que você está tão longe?", a voz de Felipe ganha destaque, apresentando-nos o som característico da banda. Essa música dá o tom e mostra as habilidades vocais de Felipe, ao mesmo tempo em que apresenta a dinâmica e os elementos musicais distintos de Delta.

Na segunda faixa, "The Truth", os teclados assumem papel de destaque ao fornecer a melodia principal. À medida que a música se desenrola, a poderosa bateria marca um ritmo implacável que não diminui, fornecendo uma base sólida e dinâmica para a composição.

"Apollyon is Free", que compartilha seu nome com o álbum, é destacada por rajadas de teclado que são intercaladas com solos de guitarra eletrizantes. Os teclados criam uma atmosfera vibrante, enquanto os solos de guitarra dão um toque de intensidade e técnica à composição. Riffs poderosos definem a cena musical, dando uma sensação de força e poder.

"Infinite Sadness", a quarta faixa, apresenta uma vibração única e distinta. A música é uma montanha-russa emocional, onde mais uma vez o virtuosismo na guitarra se destaca. Riffs e solos de guitarra mostram as proezas da banda, criando uma experiência de audição rica e dinâmica. Além disso, uma voz sinistra recita palavras que contribuem para a atmosfera sombria da música.

A quinta faixa, "Enigma", é uma composição totalmente instrumental que se transforma em uma demonstração impressionante de habilidade musical. Esta faixa sem voz se destaca por seu foco na faceta mais progressiva do Delta. O teclado assume um papel central e indiscutível, sendo os restantes instrumentos convidados secundários da festa. Para os amantes do metal progressivo, esta faixa certamente se tornará uma das suas favoritas.

«Encheiresin Naturae» é uma bela canção onde a instrumentação é toda executada por um piano. Nesta composição, o piano assume o protagonismo e cria uma melodia cativante que envolve o ouvinte em sua emoção, enquanto as vozes de Gabriela Reyes e Juan Ignacio Polo, convidados especiais, se entrelaçam em uma dança comovente que dá um tom diferente ao álbum. .

"Face the World" é uma canção de rock forte com uma batida de marcha e ritmo médio. Com elementos característicos do metal progressivo, a música traz riffs sólidos que impulsionam a composição. Os arranjos de piano dão um toque distinto e diferenciador, enriquecendo a melodia e a atmosfera geral da canção. Um dos destaques de «Face the World» é o duelo instrumental entre o teclado, o baixo e a guitarra. Esses três instrumentos se entrelaçam em um solo emocionante, criando um momento em que cada um deles tem a chance de brilhar. Impossível perder a participação do talentoso Christian Gálvez no baixo.

Na faixa “Fly Away”, destaca-se a colaboração do virtuoso guitarrista Alejandro Silva. A música começa de forma frenética, com teclado e violão numa corrida vertiginosa. Como esperado, os solos de guitarra se tornam o ponto alto da música, mostrando a habilidade e habilidade de Alejandro Silva em sua interpretação.

Em "Two Faces", última música do disco com músico convidado, destaca-se a participação do talentoso baterista Carlos Figueroa. Esta faixa instrumental apresenta uma performance enérgica de Figueroa, que demonstra sua habilidade e paixão em cada medida. Oitavo tema caracterizado por transições fluidas, onde se entrelaçam secções com elementos de metal e momentos com influências do jazz, até um grande encerramento por parte do responsável pela percussão.

Na penúltima música do álbum, "Burning Soul", destaca-se a contribuição lírica do vocalista Felipe del Valle, que assina como único compositor para esta décima música. Nessa música, musicalmente, a banda maneja os elementos já apresentados, combinando riffs de guitarra, arranjos de teclado e solos enérgicos. A música encapsula o som característico do Delta, mostrando sua maestria em combinar elementos poderosos e melódicos.

"Schizophrenia", a faixa de encerramento do álbum, é notavelmente a mais curta, mas cheia de substância. Nesta música, um piano solitário ocupa o centro do palco, levando o ouvinte a uma viagem emocional. Do êxtase à calma, da loucura à paz, o piano transmite uma ampla gama de emoções e estados mentais encapsulando a própria essência da esquizofrenia, com seus contrastes e mudanças bruscas de humor.

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