quinta-feira, 4 de maio de 2023

CRONICA - GREASY TREE | Greasy Tree (2016)

 

Para grupos atuais que evoluem no Classic-Rock, até mesmo no Hard Rock, é difícil captar a atenção, principalmente aqueles que estão sem rótulo. GREASY TREE é um desses e, acredite ou não, não é mencionado em nenhum lugar no Rate Your Music, HeavyHarmonies ou mesmo no Spirit Of Metal (e sua contraparte Spirit Of Rock).

Pelas raras informações que pude coletar no GREASY TREE, só sei que esse grupo é americano e que evolui como um trio. Não sei quando essa banda foi formada, mas a única coisa certa é que seu álbum de estreia sem título foi lançado em 2016.

Para entender bem musicalmente o GREASY TREE, este trabalha na veia Hard-Rock/Classic-Rock/Blues-Rock e oferece um primeiro álbum que cheira bem ao revival dos anos 70 com, como destaque, as influências de LED ZEPPELIN, Jimi HENDRIX , AEROSMITH em seus primórdios (período 1972/73). Como influências mais recentes (bem recentes, é fácil dizer porque têm pelo menos 30 anos), os BLACK CROWES e CRY OF LOVE. Neste movimento Hard bluesy/Blues-Rock, este trio conseguiu oferecer alguns títulos que se mantêm, como "Let Love Go", que capta bem o ouvido com os seus riffs crus, o seu ritmo simples e saltitante que consegue naturalmente de bater os pés, e "Sweet Sugar", com um groove bem pronunciado, que faz a junção perfeita entre o LED ZEPPELIN e os BLACK CROWES, tem um refrão bastante viciante que desafia sobretudo pela alquimia dos 3 músicos, cada um deles colocando-se ao serviço do outro ao mesmo tempo que se valoriza. "She Wild", abrangendo Jimi HENDRIX e LED ZEPPELIN, é bastante comum no gênero: não é desagradável, mas não há nada de pular para o teto e se ainda há uma coisa positiva a ser lembrada é o belo trabalho vocal do vocalista/ guitarrista Cameron Roberts. Num colorido mais Blues-Rock/Big-Rock, "Love That Lady" e "Whiskey" revelam-se contagiantes com o seu groove que dá uma vontade irresistível de bater o pé, os seus refrãos viciantes em que o passar de braços entre os cantor e backing vocals acertaram em cheio. Bem enraizada no Blues-Rock, "Greasy" é uma peça festiva ao longo dos 6'30 que tem um lado contagiante,

Finalmente, 2 baladas completam este álbum. "Time, Love And Space" é uma balada blues com sotaques sulistas pronunciados que é sóbria, imbuída de sensibilidade, até se mostra robusta com guitarras muito suculentas, um refrão musculoso e comovente e passa bastante bem na rampa. Por outro lado, "Shame (Behind The Bottle)" dá a impressão de fazer um pouco uma duplicação com "Time, Love And Space" e então é possível questionar sobre a relevância de sua presença no álbum...

Este álbum homónimo dos GREASY TREE, sem ser uma obra-prima (oula, não, não se deve empurrar a avó para as urtigas!), é aceitável com a sua quota de canções que aguentam, mesmo que não seja o tipo de disco que toda a gente ia e voltava durante o dia… Este álbum destaca sobretudo a boa química entre os 3 músicos que parecem encontrar-se de olhos fechados. Desde o lançamento deste álbum, os músicos têm sido muito discretos. No entanto, GREASY TREE reapareceu na superfície em 2020 a partir de um EP de 6 faixas intitulado  See The Light . Para ver, portanto, o que este grupo pretende fazer no futuro…

Tracklist:
1. Don't Worry About Me
2. Let Love Go
3. Sweet Sugar
4. Time, Love And Space
5. Goin' Home
6. Shame (Behind The Bottle)
7. Love That Lady
8. Whiskey
9. Greasy
10. She Wild

Formação:
Cameron Roberts (vocal, guitarra)
Red Dorton (baixo, vocal)
Jacob Brumley (bateria)


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