Resenha
The Key
Álbum de Strangers On A Train
1990
CD/LP
Andei cadastrando algumas bandas e artistas aqui no site nos últimos dias, foi quando me lembrei desse projeto, porém, já estava cadastrado. Havia tempo que eu não o ouvia, então decidi fazer isso hoje e acabou que até nasceu essa resenha nos moldes mais compactos. Me lembro que, antes de ouvir esse disco, só o fato de saber que se tratava de um trabalho liderado por Clive Nolan, já parecia me garantir que algo de muita qualidade seria feito, porém, ao ler que era uma música introspectiva e sequer usaria de uma bateria, sendo apenas os vocais femininos – e belos – de Tracy Hitchings, Karl Groom no violão, guitarra e baixo e Clive Nolan nas teclas (e vocal principal em “From the Outside) os responsáveis para dar vida às peças do álbum, confesso que fiquei um pouco apreensivo. Como é de se imaginar e por ser claramente um esforço pessoal do músico, foi Nolan quem compôs e arranjou todo o disco por meio de um claro domínio de teclado e piano durante todo o álbum. Tanto Tracy, quanto Karl, são muito mais artefatos adicionais dentro das composições de Nolan do que colaboradores igualitários. Quando ouvi The Key pela primeira vez, inicialmente eu estava gostando muito do que estava acabando de conhecer, mas conforme ele foi se desenvolvendo, parecia que eu estava percorrendo uma estrada sem fim, enquanto ouvia uma trilha sonora que não variava, sendo assim, foi difícil prestar atenção nos seus mais de 60 minutos. Quando escuto um disco igual a The Key, logo percebo onde está o seu maior pecado, no caso, foi Nolan querer fazer um trabalho que soasse muito mais como ideias solo de um tecladista do que uma ideia de banda. Falando rapidamente de Rick Wakeman, pois é uma referência, até mesmo quando o assunto é o – pra mim – melhor e maior tecladista da história do rock progressivo, seus melhores e mais aclamados álbuns foram gravados ao lado de uma banda, por isso, Nolan poderia muito bem se manter dentro de um protagonismo, sem necessariamente ter que limar os demais instrumentos para que isso ocorresse. Apesar de eu vê-lo como um disco que segue uma forma linear de composição, e com isso, não sendo um material muito difícil de ficar enjoativo, existe algumas peças de destaque, como a sequência, "Silent Companion", "Crossing the Wasteland" e "Perchance to Dream" que não soam tão pálidas como outras que chegam a atingir o status de maçante, por isso, não posso dizer que o considero um álbum completamente descartável. Considero que sua música, ainda que uma vez por ano, pode envolver meus fones de ouvidos e até me fazer bem, mas não mais que isso, pois sua monotonia deve ser consumida apenas em doses homeopáticas.
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