quarta-feira, 21 de junho de 2023

Crítica ao disco de Isildurs Bane & Peter Hammill - 'In Amazonia' (2019)

 Isildurs Bane & Peter Hammill - 'In Amazonia' (2019)

(16 de agosto de 2019, Ataraxia Music)

Isildurs Bane - Peter Hammill - Na Amazônia

Hoje temos o privilégio de mostrar o produto de uma associação de figuras magníficas e veteranas da vanguarda do rock: o ensemble sueco ISILDURS BANE e o mestre britânico PETER HAMMILL. Dessa associação surgiu o álbum "In Amazonia", o mesmo que foi lançado em CD e vinil pela gravadora Ataraxia na primeira quinzena de maio passado. HAMMILL assume o papel de cantor, letrista e compositor, enquanto o coletivo ISILDUR'S BANE reúne Mats Johansson [sintetizadores ARP 2600, Mini-Moog, Moog Sub 37, Nord Lead A1, Roland RS202, Sequential Circuits Pro One, Yamaha CS80, Kurzweil 2600 e Oberheim Xpander, mellotron, pianos acústicos e elétricos, tam-tam, efeitos sonoros e composição), Katrine Amsler [teclados e recursos eletrônicos], Samuel Hällkvist [guitarras], Kjell Severinsson [bateria e percussão], Klas Assarsson [marimba, vibrafones, glockenspiel, tam-tam, gongo, octobanos], Axel Croné [baixo, clarinete baixo, sax tenor, guitarra, sintetizador, piano acústico, clavinete e percussão], Karin Nakagawa [koto e canto] e Liesbeth Lambrecht [violino e viola]. Por mais rica que seja essa logística instrumental, há também convidados pontuais como John Anderberg [vocal], Adam Sass [trompete], Zhazira Ukeyeva [violino], Mette Gerdle [violino], Xerxes Andrén [bateria e percussão] e o próprio Pat Mastelotto [bateria eletrônica e percussão]. O processo criativo do repertório “In Amazonia” teve um precedente feliz no contexto da edição de 2017 do evento anual ISILDURS BANE IB EXPO, onde HAMMILL foi um convidado especial. Falando nos bastidores o líder do VAN DER GRAAF GENERATOR e dono de uma discografia solo exaustiva estava mais do que interessado em colaborar em um projeto específico com Mats Johansson. Assim, Johansson passou vários meses a compor peças musicais que, já em demos bastante avançadas, entregou a PETER HAMMILL para que escrevesse as melodias vocais assim como as letras. O tema comum a estas cartas é o autoconhecimento, seja através da reflexão sobre as experiências passadas, seja pela revisão do contacto contínuo de si com o mundo exterior. A propósito deste tipo de cooperação musical, houve já o antecedente do álbum “Colours Not Found In Nature” (2017) com Steve Hogarth, frontman dos MARILLION desde finais dos anos 80; agora é a vez de “In Amazonia”, um álbum que consideramos superior ao que acabamos de citar... a ideia agora é focar nos detalhes musicais desse disco. .

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Ainda nos créditos do CD, o repertório de seis músicas do álbum é dividido, à maneira do vinil, em três para o lado A e outras três para o lado B. Com duração de 7 ¾ minutos, abre 'Before You Know It' o álbum com uma aura distinta e mágica envolta em vibrações extravagantes. Camadas suaves de sintetizador, percussão tonal e cordas de abertura abrem caminho para o canto prestes a chegar de HAMMILL, que libera as fibras mais cerimoniosas de seu estilo versátil. Logo após a fronteira do segundo minuto, ele esculpe em um groove cadenciado que simultaneamente se expande através de sutilezas tribais e swing midtempo com poder psicodélico progressivo genuíno. Com ele, não apenas a atmosfera central da música é simplificada, mas também uma engenharia sólida é baseada na qual as contribuições dos ventos podem ser suportadas. Após uma extensão razoável desse cenário intensificado, a coda retorna à caverna escura extremamente furtiva de onde a passagem do prólogo foi montada. 'Under The Current' segue em seguida para explorar uma atmosfera mais brilhante enquanto a engenharia instrumental explora nuances mais etéreas. Os vários ornamentos dos sintetizadores e a vitalidade controlada dos arranjos percussivos articulam um clima sonoro explicitamente majestoso. Aqui bate uma mistura compacta entre o padrão dos primeiros álbuns do HAMMILL do novo milênio com os aspectos mais serenos dos dois primeiros álbuns do conceito ISILDURS BANE “Mind”. Há um potencial épico inegável nesta composição, mas tudo permanece em nível latente já que o bloco instrumental prefere deixar tudo em um campo mais cinematográfico. 'Aguirre' caracteriza-se por estabelecer uma síntese entre o delicado dinamismo da primeira faixa do álbum e o brilho etéreo da segunda, acrescentando uma vibração rock mais acentuada à mistura em várias passagens estratégicas. O uso de um tempo incomum ajuda muito a dar ao som suntuoso um andaime de tenor progressivo bem arredondado. Existe até um certo gancho no esquema melódico dessa peça, então não teríamos nos incomodado se o arranjo geral permitisse que durasse um pouco mais, mas ei... foi assim que ficou no produto final. mas tudo fica em nível latente já que o bloco instrumental prefere deixar tudo em um campo mais cinematográfico. 'Aguirre' caracteriza-se por estabelecer uma síntese entre o delicado dinamismo da primeira faixa do álbum e o brilho etéreo da segunda, acrescentando uma vibração rock mais acentuada à mistura em várias passagens estratégicas. O uso de um tempo incomum ajuda muito a dar ao som suntuoso um andaime de tenor progressivo bem arredondado. Existe até um certo gancho no esquema melódico dessa peça, então não teríamos nos incomodado se o arranjo geral permitisse que durasse um pouco mais, mas ei... foi assim que ficou no produto final. mas tudo fica em nível latente já que o bloco instrumental prefere deixar tudo em um campo mais cinematográfico. 'Aguirre' caracteriza-se por estabelecer uma síntese entre o delicado dinamismo da primeira faixa do álbum e o brilho etéreo da segunda, acrescentando uma vibração rock mais acentuada à mistura em várias passagens estratégicas. O uso de um tempo incomum ajuda muito a dar ao som suntuoso um andaime de tenor progressivo bem arredondado. Existe até um certo gancho no esquema melódico dessa peça, então não teríamos nos incomodado se o arranjo geral permitisse que durasse um pouco mais, mas ei... foi assim que ficou no produto final. adicionando à mistura uma vibração de rock mais pronunciada em várias passagens estratégicas. O uso de um tempo incomum ajuda muito a dar ao som suntuoso um andaime de tenor progressivo bem arredondado. Existe até um certo gancho no esquema melódico dessa peça, então não teríamos nos incomodado se o arranjo geral permitisse que durasse um pouco mais, mas ei... foi assim que ficou no produto final. adicionando à mistura uma vibração de rock mais pronunciada em várias passagens estratégicas. O uso de um tempo incomum ajuda muito a dar ao som suntuoso um andaime de tenor progressivo bem arredondado. Existe até um certo gancho no esquema melódico dessa peça, então não teríamos nos incomodado se o arranjo geral permitisse que durasse um pouco mais, mas ei... foi assim que ficou no produto final.

As peças mais longas do álbum são as duas primeiras da segunda metade do álbum: 'This is Where?' e 'The Day Is Done', ocupando espaços separados de 10 minutos e meio e 9 minutos e pouco. 'This is Where?' É a música com o swing mais extrovertido de todo o álbum, enquanto a forte presença das percussões tonais e o lugar relevante dos riffs de guitarra são essenciais para a blindagem musculada e colorida da dinâmica ágil que atravessa toda a banda. instrumentos. Há espaços para pequenos solos de sintetizador controlados, bem como trechos tensos de guitarra que soam muito de acordo com o paradigma carmesim; não só neles, mas também na triangulação de bateria, baixo e conjunto de metais há uma alusão contida à explosão sistemática dos Crimsonians, embora o canto de HAMMILL também faça sua parte para que fatores típicos do modelo VAN DER GRAAF GENERATOR também entrem em jogo. Perto do sétimo minuto, o bloco instrumental é abrigado sob uma aura estilizada de mistério enquanto HAMMILL adota um ar quase narrativo no que resta da letra. Sem dúvida, temos aqui um zénite fundamental do disco que sabe colher a messe de 'Aguirre' para lhe dar uma magnificência acrescida e renovadora. 'The Day Is Done', por seu lado, assume um humor introvertido com uma atitude altiva e um posicionamento sonoro onde imperam a subtileza e a evanescência. O piano, com o seu espírito impressionista, ocupa um papel absorvente na instrumentação quase sempre esparsa; por sua vez, o canto de HAMMILL assume sua posição mais expressiva dentro do álbum, envolvendo-se em uma paixão que gira em torno de seu próprio eixo na maioria das estrofes. Já para este último, sua pulsão diminui um pouco sua dose de explosividade, à maneira de uma serenidade séria que acompanha o estrondo que aos poucos vai se extinguindo. A relativamente curta instrumental 'This Bird Has Flown' – com duração de 3 minutos – fecha o álbum com uma sólida presença aventureira: começando com uma exibição de remodelações abstratas de climas e sulcos tribais, eventualmente aterrissa em um exercício envolvente de psicodelia que se baseia em engenharia de bateria monumental e climas desafiadores de vários teclados. No final, o assunto acaba soando como um cruzamento entre o sombrio e o exultante. a sua pulsão baixa um pouco a sua dose de explosividade, à maneira de uma serenidade séria que se segue ao alarido que se extingue pouco a pouco. A relativamente curta instrumental 'This Bird Has Flown' – com duração de 3 minutos – fecha o álbum com uma sólida presença aventureira: começando com uma exibição de remodelações abstratas de climas e sulcos tribais, eventualmente aterrissa em um exercício envolvente de psicodelia que se baseia em engenharia de bateria monumental e climas desafiadores de vários teclados. No final, o assunto acaba soando como um cruzamento entre o sombrio e o exultante. a sua pulsão baixa um pouco a sua dose de explosividade, à maneira de uma serenidade séria que se segue ao alarido que se extingue pouco a pouco. A relativamente curta instrumental 'This Bird Has Flown' – com duração de 3 minutos – fecha o álbum com uma sólida presença aventureira: começando com uma exibição de remodelações abstratas de climas e sulcos tribais, eventualmente aterrissa em um exercício envolvente de psicodelia que se baseia em engenharia de bateria monumental e climas desafiadores de vários teclados. No final, o assunto acaba soando como um cruzamento entre o sombrio e o exultante. A relativamente curta instrumental 'This Bird Has Flown' – com duração de 3 minutos – fecha o álbum com uma sólida presença aventureira: começando com uma exibição de remodelações abstratas de climas e sulcos tribais, eventualmente aterrissa em um exercício envolvente de psicodelia que se baseia em engenharia de bateria monumental e climas desafiadores de vários teclados. No final, o assunto acaba soando como um cruzamento entre o sombrio e o exultante. A relativamente curta instrumental 'This Bird Has Flown' – com duração de 3 minutos – fecha o álbum com uma sólida presença aventureira: começando com uma exibição de remodelações abstratas de climas e sulcos tribais, eventualmente aterrissa em um exercício envolvente de psicodelia que se baseia em engenharia de bateria monumental e climas desafiadores de vários teclados. No final, o assunto acaba soando como um cruzamento entre o sombrio e o exultante.

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Tudo isso foi a maravilha musical “In Amazonia”, um álbum que mostra na pele o quão magistral é essa associação de veteranos de dois nomes veteranos da vanguarda do rock de diferentes gerações e lugares; ISILDURS BANE e PETER HAMMILL. Deve ter sido uma verdadeira alegria assistir à apresentação de ISILDURS BANE e PETER HAMMILL no passado mês de maio, no âmbito do festival Gouveia Art Rock 2019, onde o coletivo não só apresentou este álbum como interpretou várias canções do próprio catálogo dos HAMMILL. “In Amazonia” é uma obra de beleza superlativa, penetrada por uma magia coesa através das versáteis estruturas sonoras que se desenvolvem nas peças nela contidas. 500% recomendado!!

- Amostras de 'In Amazonia':


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