“O Conto do Vigário” é o segundo single extraído do álbum “Defesa Pessoal”. É uma canção sobre fluxos monetários, CEOs e cotação bolsista, e uma espécie de swing rockabilly para dançar em cima da mesa do escritório com a gravata na cabeça e uma taça de rosé na mão. Nem toda a gente o pode fazer, é certo, são as vicissitudes da economia de mercado, para compensar os investimentos de uns é preciso que outros sofram os ajustamentos. E são sempre os mesmos a ajustar – há quem vá ao Panamá para lavar a massa, há quem fique em Massamá a chorar a taça.
“O Conto do Vigário” fala do estado de permanente crise económica em que vivemos – ou em que nos querem fazer crer que vivemos – e das soluções para dele sair, que passam, invariavelmente, por apertar mais ainda os cintos dos que já vivem com eles apertados. O refrão, em ambiente cabaret/voudeville, mostra-nos o outro lado da moeda: casas com piscina, iates na marina, negócios forex. A motor ou à bolina, a maré favorece sempre quem está na mó de cima.
O vídeo de animação, da autoria de Andreia Reisinho Costa, ajuda a decifrar as metáforas e a compreender a moral da estória.
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