Na incerteza de quem ainda hoje vive entre o urbanismo (Urbanista, Professor na Universidade de Aveiro e na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto) e a música, a certeza que sempre permanece é a da vontade de fazer canções! De contar, de cantar histórias!
Fred Menos faz canções como forma de acordar sentidos e coração, sendo que o confinamento e toda a incerteza/inquietação destes últimos anos, foi libertadora da vontade de agarrar com mais força o caminho da música! Deu para “tirar o pó” a muitas das canções que estavam na gaveta e para construir outras, que deram outro/ algum sentido àquele eterno “2020” coletivo! Agora, mais ao longe, está certo que foram uma forma de viajar, de viver a música e de sair da vida de gaiola!
Num álbum de canções intimistas e autobiográficas, antecipava-se difícil a escolha do 1º single. Mas foi fácil e precisa: “Impreciso”! Porque vem de um lugar que me carateriza: um procurador, que no fundo tem a certeza que não se quer encontrar.
Se, de longe, impreciso parece indicar incerteza, dúvida e daí fragilidade, de perto, encontro-lhe sensatez, um confuso conforto e um mapa para viver num mundo de inquestionáveis certezas. A imprecisão vive de braço dado com a inquietação, a que agiganta cada dia e que torna mais certa aquela que é a nossa única certeza: alguém precisa de alguém.
Como dar imagens a palavras cantadas e que me contam? “Tem de lá estar a tua identidade!”, diziam-me. Sem saber ao certo o que isso poderia visualmente significar, a única certeza era que, para ser um cartão de identidade, a receita teria de passar por juntar o que mais preciso: os amigos do peito e de todas as outras partes, que me enchem o corpo e o coração, e que são o que me constrói. O Tiago Faria e o Pedro Frias foram de quem logo me lembrei para confiar a interpretação da minha identidade… imprecisa! A definição da imprecisão não foi precisa, porque a cumplicidade não nasce do consenso, mas do encontro. Andamos por lugares difíceis de classificar, como é próprio dos lugares da intimidade. Juntos e muitos, fizemos do Impreciso a nossa casa!”
Os concertos já confirmados são dia 11 de Agosto no Teatro Experimental de Lagos, 12 de Agosto no Ciência Viva em Lagos e 28 de Outubro no Passos Manuel no Porto
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