Resenha
Power Windows
Álbum de Rush
1985
CD/LP
Depois do hipersubestimado "Grace Under Pressure" (1984), o trio canadense decidiu aprimorar a era New Wave/Eletrônica. Com isso, para o trio canadense, junto com o produtor Peter Collins, produtor famoso no pop e que possa soar como um pseudônimo de Peter Gabriel e Phil Collins, mas brincadeiras a parte, o produtor decidiu contratar dois engenheiros que soubessem tocar sintetizador e teclados, para ampliar o pop do trio canadense que é classificado como hard rock e progressivo de Toronto. Com o objetivo de soar mais moderno e obter mais vendas de discos, "Power Windows" teve uma meta de superar as barreiras sonoras do que era o Rush, um trio de rock que faz músicas complexas. Na verdade, o Rush, tinha um objetivo desde "Permanent Waves" (1980) de fazer instrumentais e letras que fossem mais simples, para eles, já que para humanos normais, tocar músicas do trio é uma tarefa complicada. O disco abre com um grande hit da época, "The Big Money". A sonoridade da música é carregada pelos sintetizadores e teclados. O baixo é robusto e com bastante groove. A guitarra só aparece mesmo na hora do solo e no restante da música, é notado com mais facilidade. A bateria começa de forma técnica e sendo usada uma bateria eletrônica, é bem agradável para quem gosta de New Wave, assim como eu. Mas a bateria "normal" de Peart volta de forma arrebatadora, destruidora e técnica (de praste). Notei que o clipe da música lembra muito o clipe da música "Money For Nothing" da banda inglesa Dire Straits, seria que Rush estaria copiando Dire Straits ou vice-versa? Essa é uma pergunta que dificilmente teremos uma resposta, mas fora isso, é uma excelente faixa de abertura. "Grand Designs" é uma faixa que inicia com sintetizador que é marcante, ao menos para mim. A bateria é ousada em fazer andamentos diferentes ao comum do trio canadense. O baixo aparece menos, mas pedais de sintetizador é usado com uma espécie de baixo. A guitarra aparece mais, sendo usada com uma distorção mais rasgada, assim como o solo. O charme da faixa vai para o sintetizadores que deixam o ouvinte mais imersivo como era a década de 1980 para a música, grandes orçamentos, videoclipes caros, produção cristalizada e com um uso mais forte de sintetizadores e teclados. Uma faixa boa e surpreendente. "Manhattan Projecto" lembra, no início, "Distant Early Warning". A bateria usada na faixa é eletrônica e usada de forma que lembra o saudoso Alan White, do Yes (especialmente no "Big Generator") mas de forma mais técnica e ousada, como Neil Peart gostava de ser. A guitarra é mais encorpada e robusta, assim como o solo, mas não sendo o melhor do álbum. O baixo é menos perceptível e teclados e sintetizadores são a alma da faixa, contendo até uma espécie de violinos em uma parte rápida da faixa, mas que evidência que é o disco mais datado do trio, afinal, eles pegaram o que era mais moderno naquela época, que hoje em dia, soa datado. "Marathon" é a melhor faixa do disco. Com um único extremamente mais marcante, junto com um sentimento de superação que a música provoca no ouvinte. A bateria não é eletrônica e é mais ousada e técnica que na faixa anterior. O baixo é mais perceptível e aparece mais. A guitarra é rasgada e faz o seu melhor solo do álbum. Os sintetizadores e teclados soam melhores a cada audição da faixa, sendo a melhor faixa que envelheceu melhor do álbum nos dias atuais. A melhor faixa do álbum. "Territories" é uma faixa que lembra a sonoridade do "Synchronicity" (1983) do trio inglês The Police, especialmente a faixa "Wrapped Around Your Finger" no início, mas com um apego maior na guitarra e no sintetizador. A bateria é o destaque da faixa, sendo usado os tons na maior parte da parte. O baixo é completamente esquecido pelo grandíssimo Geddy Lee, que foca mais.no sintetizador, diferentemente da guitarra que é mais relevante para a faixa e o álbum, tirando na última faixa. Uma faixa mais do mesmo do Rush durante o meio da década de 1980. "Middletown Dreams" é uma faixa que tem mais apego ao baixo e menos foco nos sintetizadores, comparando com outras faixas. A bateria é mais sútil, mas há partes que volta a bateria eletrônica. A guitarra é apagada comparando com outras faixas desse mesmo álbum, mas é mais rasgada. Uma faixa subestimada. "Emoction Detector" é a pior faixa do álbum. O sentimento que eu senti na faixa é de decepção. O álbum vinha muito bem, mas os sintetizadores voltaram com mais força ainda, acabando arruinando a minha experiência com o álbum. O baixo é totalmente esquecido. A guitarra faz mais algo do mesmo, mas a bateria tenta trazer algo novo para a experiência, fazendo com total sucesso. Uma faixa totalmente esquecível. "Mystic Rhythms" fecha o álbum com chave de ouro. A bateria que inicia a faixa é ousada em usar partes da bateria que remetem muito o pop da década de 1980. Os sintetizadores e teclados são usados, diferentemente da faixa anterior, de forma mais precisa e harmoniosa na música. O baixo é apagado, mas tem seus segundos de glória. A guitarra é levemente apagada, mas tem seu momento de redenção nosso. O vocal de Lee combina bastante com que a música se propôs a fazer. Uma faixa digna de fechar um ótimo álbum. "Power Windows" é de longe o disco mais datado do Rush. Tentando se soar moderno, hoje em dia, soa como datado. Nesse álbum, Observei que o trio fez, especialmente Geddy Lee (obviamente) o abuso dos sintetizadores e teclados, que iria se elevar no próximo álbum do trio de Toronto, "Hold Your Dire" (1987) que eu irei fazer resenha nos próximos meses e irei detonar. Mas a sonoridade elevada dos sintetizadores deixam claro como era os anos 1980, sendo uma excelente porta de entrada para entender a década. Mas tirando essa crítica, o álbum é ótimo,.tendo canções impactantes e marcantes com a técnica que o trio gostava de fazer em conjunto e sendo um disco bastante subestimado e injustiçado para fãs de Rush, dizendo que até Signals é bom e o resto não presta. Obviamente essas pessoas não entendem que a música do Rush sempre foi um local de experimentar ritmos, técnicas que entregam emoção.
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