Resenha
Call Of The North
Álbum de Frozen Crown
2023
CD/LP
A verdade é que ninguém aguenta bandas megalomaníacas de power metal sinfônico ou seja lá o que for, eu chamo a maioria de power bosta metal. O truque nem é mais truque, todos conhecem o dramalhão inconsistente em captar trechos de música clássica, escolher uma garota bonita cantando no modo operístico, um tecladista sádico, um ou dois marmanjos acelerando a tempestade em acordes, e ... a cereja do bolo pilado : um baterista retardado incapaz de tocar com freios, escravizando o instrumento em rumo deveras irritante. Por aqui, mais uma das milhares de bandas genéricas espalhadas no mundo, essa é da Itália. A praga espalhou como sarna e agora todo mundo coça de raiva. Frozen Crown apresenta ganchos tão decorados quanto a tabuada do nove. É sempre a novela que não sai do primeiro capitulo e tem um fim com os integrantes em fogueira rodeada por bruxas que não sabem fazer um arroz. Mesmo com interlúdios e espaço para tirar a água do pendrive (ir ao banheiro), o processo é o mesmo. Progressões são bem elaboradas no meio da lambança (caso de Black Heart), todavia, perdidas na lamúria de cantoria lírica. Por bem cairia como chuva abençoada um instrumental dedilhado para apaziguar os nervos, calma garotos e garotas, tentem fazer sem pressa e represar o loudness war. Peguem a moda, é direito seus, e usem ao menos um diferencial para não transformarem-se em números, finquem identidade ao som. Winterbane - o álbum anterior, é recheado de exagero, porém, menos desesperante e com guitarras cavalgadas, houve retrocesso nesse sentido. Estou quase na metade da escavação e só encontro pedras e lama. O baterista possuído esbraveja técnicas jogadas na lata do lixo, se tocar bateria é isso, que substituam o instrumento por arranjadores modernos ou qualquer programa meia boca. Sem chances, não existem disparidade, pecam jogando tijolos na construção do templo dos homólogos, sim, essa é a palavra ! Quando a mulher abre a boca o inferno recomeça e o fogo queima as orelhas pela voz mais sofrida que joelho de freira em semana santa. Pode ser bem feito, ter produção correta e o que imaginar, só não tem alma.
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