quinta-feira, 13 de julho de 2023

Resenha The Zealot Gene Álbum de Jethro Tull 2022

 

Resenha

The Zealot Gene

Álbum de Jethro Tull

2022

CD/LP

Confesso que quando recebi a notícia que uma das maiores bandas do progressivo inglês no início do ano passado pensei que seria uma piada de primeiro de abril fora de época. Notoriamente, eu estava errado e feliz por estar equivocado. A primeira mudança que podemos notar e que o guitarrista mais memorável da banda, Martin Barre não participa do álbum, e é substituído por Florian Opahle, guitarrista da banda que acompanha Ian Anderson, dono, líder e flautista do JT. Na verdade, a banda foi substituída pela banda acompanhante de mr. Ian Anderson, fazendo trabalho iguais e até melhores do que os membros antigos do JT. "The Zealot Gene" foi sendo iniciado em 2017, mas como o JT estava em turnês e ocorreu a pandemia, Ian Anderson decidiu suspender o projeto, mas voltou rapidamente pois diagnosticado com uma doença pulmonar. O projeto começou realmente em 2021, sendo finalizado em pouco mais de um mês. O álbum pode soar como conceitual, mas Ian Anderson garante que não é e que o álbum mostra referências bíblicas e seus pensamentos sobre a sociedades que vivemos.

"The Zealot Gene" não é a grande marca do Jethro Tull, nas é o melhor trabalho do quinteto em décadas de existência. O álbum contém a melhor descrição sonora da banda até então. A percussão e seu som são fabulosos, assim como o teclado e baixo que surtem mais efeitos de sensações que o ouvinte sente que está de volta a década de 1970 e dente que a essência do Jethro Tull está de volta, a essência de sempre duvidar da sociedade, como ela funciona e provocar o que Nietzsche e Sartre pensam sobre o mundo para qualquer pessoa, sendo religiosa ou não. O que senti falta nesse álbum seria uma guitarra marcante. Florian é um bom guitarrista, competente em seu papel, mas nunca será o icônico Martin Barre. A flauta de Ian Anderson contém o som mais limpo em toda a sua carreira, sendo o Jethro Tull e sua carreira solo. "The Zealot Gene" provoca o ouvinte repensar sobre assuntos que sempre estão na mídia, sendo tradicional ou alternativa sobre assuntos que possam ser polêmicos, como pensamento politico, o papel de Deus na sociedade contemporânea, o poder e seu propósito de existir. "The Zealot Gene" é um álbum que não um dos mais marcantes do Jethro Tull, mas possui um plano de fundo poderoso que irá provocar as pessoas a refletir suas escolhas de vida. O álbum possui excelentes instrumentais, especialmente para o teclado, órgão e sintetizador marcante e em um futuro próximo, antológico que será marcado na história, junto a um contrabaixo gorduroso, técnico e groovado. A bateria/percussão sempre foi algo mais do menos, sem muita grandes inovações e ousadias, só em alguns pequenos momentos, o que justamente aconteceu nesse álbum, é uma bateria mais do mesmo, mas que agrega, em partes e não compromete a ideia das faixas. A voz de Anderson é a mais relaxante de se ouvir em toda a carreira na música, junto com a flauta que possui o som mais limpo e polido de toda a história. "The Zealot Gene" é um álbum que não é tão marcante, mas é agradável de se ouvir e entender a ideia por trás do vigésimo segundo álbum do quinteto inglês. Definitivamente um dos álbuns do Jethro Tull.


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