53º e 3º Registros, 1989
O único álbum desta mítica banda de Edimburgo, na Escócia, e uma preciosidade que vale a pena comentar.
O álbum foi gravado entre 1988 e 1989 e foi lançado pelo selo 53rd & 3rd Records pouco antes de desaparecer. Os escoceses para este disco impuseram um estilo mais punk rock de garagem do que seus singles lançados anteriormente, nos quais a tendência era mais folk.
Deve-se dizer que uma das principais importâncias deste álbum é o que iria influenciar significativamente o som inicial do Nirvana e, portanto, seu significado. Sem ir mais longe, Kurt Cobain comentou em algum momento que era sua banda fetiche e a considerava a segunda melhor da história do rock, depois da primeira: The Beatles. E sua filha Frances foi batizada em homenagem à vocalista da banda, Frances McKee.
O álbum abre com 'Sex Sux' soando como The Stooges com uma onda indie-noise brilhante totalmente dançante, em 'Slushy' e 'No Hope' o som do Velvet Underground é recapturado; os jogos vocais entre McKee e Eugene Kelly evocam essa essência quase o tempo todo no prato. Ainda existem ótimas músicas que ligam no primeiro contato como 'Monsterpussy' e 'Teenage Superstar'. Em 'Oliver Twisted', um jogo de palavras com acenos ao livro do famoso escritor Charles Dickens, regressam canções folclóricas feitas no início e com um violino convidado a dar-lhe um bom plus.
Durante esses anos a banda teve sérios problemas devido ao polêmico teor anticatólico de suas letras, chegando a ser censurada em diversas ocasiões. Em canções como 'Dum Dum' eles até invocam Satanás no melhor sentido irônico da palavra. A simples existência dessa banda é uma pena, mas é a mesma coisa que os levou a se tornar uma banda cult. Para o amante do som indie, garage rock e pós punk e amante de guitarras sujas e sons com muita vibe dentro do contexto alternativo, essa produção é essencial; e acima de tudo entender o som que se vivia no início dos anos 90 em Seattle. Um clássico imortal.
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