terça-feira, 15 de agosto de 2023

Review: Metal Church – From the Vault (2020)

 


O Metal Church é uma das instituições do metal norte-americano. Formada em San Francisco em 1980, a banda atravessou várias fases em sua carreira, e após paradas e indefinições atualmente vive um período estável. Liderado pelo guitarrista Kurdt Vanderhoof (único remanescente do line-up original), o grupo reuniu forças com o vocalista Mike Howe em 2014 – ele já havia integrado o Metal Church entre 1988 e 1996 e sua voz está nos discos Blessing in Disguise (1989), The Human Factor (1991) e Hanging in the Balance (1993), além de XI (2016) e Damned If You Do (2018), lançados após o seu retorno. A banda conta também com Rick Van Zandt (guitarra), Steve Unger (baixo) e Stet Howland (bateria).

 

From the Vault é uma compilação que traz músicas inéditas, b-sides, covers e canções ao vivo. Um item muito interessante pra quem é fã da banda, e que ganhou edição nacional via Hellion Records.

 

Musicalmente, o Metal Church atual me soa similar ao Accept, principalmente pelo timbre de Howe e pela pegada de metal tradicional. É como se a banda alemã eliminasse os elementos de música clássica de sua sonoridade e focasse apenas no metal, e estou fazendo essa comparação só pra contextualizar de uma forma mais clara para quem não conhece o som dos norte-americanos.

 

Apesar de contar com material vindo de várias fontes, From the Vault consegue soar coeso aos ouvidos. A mixagem das canções é bastante similar, transmitindo um ar de unidade. Mesmo as versões para sons de outras bandas – “Please Don’t Be Dead” do Nazareth, “Green Eyed Lady” do Sugarloaf e a mais do que clássica “Black Betty” do Ram Jam – soam dentro dessa mesma coesão, até por não serem escolhas tão óbvias. Gostei muito de “Dead on the Vine”, “Above the Madness”, “False Flag” (com um clima bem oitentista) e as interpretações de “Green Eyed Lady” e “Black Betty”.

 

É muito bom ver uma banda como o Metal Church na ativa, ainda mais atravessando uma fase tão legal quanto o que ouvimos aqui. E a edição da Hellion está caprichada como de costume. Pra fechar, menção para a fenomenal capa, que faz jus ao conteúdo do CD.



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