Mesmo com idas e voltas do Hanoi Rocks, Monroe tem uma prolífica carreira solo que foi intensificada na década de 2010, com diversos discos que merecem uma audição carinhosa de quem gosta do bom e velho rock and roll. E aqui vale uma observação: a cena hard californiana, musicalmente, sempre foi focada em um rock básico, vide os discos iniciais do Mötley Crüe, Cinderella, L.A. Guns e do próprio Guns N’ Roses, que sempre entregaram enxurradas de riffs, refrãos pra cantar junto e energia bruta.
É esse o caminho que Michael Monroe segue em sua carreira solo, e One Man Gang não foge à regra. Lançado em outubro de 2019 na Europa, o disco recebeu diversos elogios da crítica e agora chega ao Brasil via Hellion Records. Há um ar meio Rolling Stones em algumas faixas, assim como a onipresente influência de New York Dolls. Monroe sabe o que está fazendo e alterna momentos mais acelerados e energéticos como “Black Ties and Red Tape” e “One Man Gang” com outros mais cadenciados como “Junk Planet” e “Wasted Years”, ambas com o tempero especial de sua gaita de boca. Outros destaques são “Helsinki Shakedown” e “Low Life in High Places”.
Com ótimos vocais e grandes interpretações, além de uma banda pra lá de coesa e sólida, Michael Monroe mostra que ainda segue vivo e com toda a majestade que construiu ao longo de sua trajetória. E se aqui no Brasil pouca gente conhece seu nome ou ouve seu som, não é por falta de qualidade. One Man Gang é uma grande oportunidade pra corrigir isso.
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