CRONICA - NEKTAR | Remember The Future (1973)

 

O ano é 1973 e o grupo inglês Nektar acaba de lançar seu quarto álbum. O melhor que parece. Porque este quarteto não goza da mesma glória que os seus homólogos do outro lado do Canal, que são Yes, Genesis, King Crismon ou mesmo Van Der Graaf Generator. Considerado mediano, esse grupo ia contra a tendência do prog da época que era principalmente sinfônico. Tendo a reputação de ser o Pink Floyd dos pobres, a música de Nektar pretende ser simples e ambiciosa, mas infelizmente não consegue convencer e conquistar a bateria.

No entanto, com este Remember The Future  o conteúdo parece atraente. Veja você mesmo, apenas dois títulos com duração superior a 16 minutos cada: “Remember The Future Part 1” e “Remember The Future Part 2”.

Começando em uma atmosfera pop funky, este LP termina em um espírito furioso e hard groove. No meio, o guitarrista/vocalista Roy Albrighton, o tecladista Allan Freeman, o baterista Ron Howden e o baixista Derek “Mo” Moore trazem ritmos nítidos, dinâmicos, quase Hendrixianos e passagens altas e tranquilas que podem evocar o Pink Floyd, é claro, mas também o Tangerine Dream. Este lado groove deve-se à forma de tocar incisiva, percussiva, pesada, fluida e melodiosa do guitarrista Roy Albrighton que atravessa camadas de órgão ao mesmo tempo pesadas, profundas, cavernosas e suaves convidando-nos a uma viagem agradável e amigável por uma atmosfera cheia de devaneios. e romantismos.