Há 46 anos atrás, Steve Hackett deixava Genesis para começar o seu próprio caminho.
Pelo menos desde 1975, o virtuoso guitarrista já não se sentia confortável na banda, por várias razões. Talvez a mais importante de todas era que suas ideias já não eram levadas em conta no início de um processo criativo, principalmente devido ao controle forte que Tony Banks e Mike Rutherford tinham.
O fato de Steve ter lançado "Voyage of the Acolyte" em 1975, com críticas muito boas, levou o guitarrista a ter a certeza de que sua carreira a solo estava ficando interessante e era capaz de compor por si só peças de alto nível. Banks nunca mostrou muita estima pela estreia, e até chegou a dar um ultimato de palavra ao Hackett, dizendo que se continuasse lançando discos sozinho, não poderia continuar na banda. Como podemos ver, a estadia de Steve em Genesis pós 1977 era inviável.
8 de outubro de 1977 foi divulgada a saída de Hackett, fechando uma das fases mais recordadas pelos antigos fãs de Genesis. Desde então, Steve se dedicaria de corpo e alma à sua carreira a solo. Notavelmente minoritária em sucesso comercial contra seus ex-colegas, mas artisticamente muito mais rica (excepto talvez Peter), e muito mais conectada com a banda que as pessoas aprenderam a amar nos anos 70.
Se Tony Banks era o cérebro de Genesis, Peter Gabriel as artes performancárias, Phil Collins o carisma e Mike Rutherford a energia roqueira, então Steve Hackett seria a alma. E quando a alma se foi, só nos resta uma banda muito diferente daquela que vínhamos conhecendo.
Hackett se reuniria mais uma vez com os outros membros, em 1982, no famoso show de beneficência de Peter "Six of the Best", mas só para duas músicas.
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