Gravado nos estúdios Olympic londrinos, aqui encontramos um King Crimson tão agressivo e escuro como indica a sua capa, na qual seria a sua despedida da música dos anos 70.
Reduzido para três membros (Wetton, Bruford e Fripp), esse trio power contou com a colaboração de David Cross, que tinha feito formalmente parte da banda até "Starless and Bible Black". A ele se juntaram dois ex-integrantes: Ian McDonald e Mel Collins, bem como dois convidados que voltaram a colaborar com o grupo: o corneista Mark Charig e Robin Miller no oboé.
Um disco completamente intemporal, que demonstrava o quão adiantado King Crimson estava em relação ao seu tempo. Apesar de Fripp argumentar que o grupo baixou as cortinas para impedir King Crimson de "cair na armadilha do sucesso" e "não se tornar um dinossauro", não deixa de ser verdade que Red não soa como um disco de 1974.
A peça homônima, que parece prever o metal progressivo e o movimento do rock alternativo e grunge dos anos 90 com sua crueza, é seguida por "Fallen Angel", que misturou passagens escuramente melancólicas com essa energia inicial, principalmente fornecida pela obsessiva e pesada guitarra de Fripp, o baixo altamente distorcido de Wetton, e a agilidade e inteligência musical de Bruford, características que dominam todo o LP.
"One More Red Nightmare" representa uma verdadeira fonte de dissonâncias, enquanto "Providence" destacava o excelente estilo de improvisação escura que essa formação do rei carmesim poderia render, chegando a zonas extremas e até perigosas, que a música revela apenas certos iluminados
Finalmente, a intensidade de "Starless" é como uma comparação do “finale ” da nona sinfonia de Beethoven para o mundo do progressivo.
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